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Ver Versão Completa : Debate: Como é que vocês criam os vossos solos de Bateria? Como crias um solo de bateria?


MANEIRO
Sáb, 16 de Maio de 2009, 21:24
;) hello pessoal.

Visto que esse tem sido um assunto muito "discutido" (:animal:)nessas ultimas semanas,resolvi abrir este tópico , onde os membros vão apenas partilhar suas diferentes formas de executar seus solos e forma de pensar no mesmo quando atuam com suas bandas ,pois visto que cada um tem sua maneira de criar seu solo ,seria interessante o pessoal conhecer os diversos pontos de vista dos executantes e forma como abordam e criam seus solos.

portanto estão a vontade pra partilhar seus "segredos" com a malta ..

:naughty:ATENÇÃO: isto não é pra ser manual de solos ,e sim um relato da experiencia de cada um quando se prepara pra um solo , abrindo assim vários caminhos pra malta que queira consultar sobre o assunto.

lembrando que há diversos tipos solos, como :

- solo com patterns: o baterista faz o solo dentro de compassos determinados ou sobre o tema ,mas sempre mantendo o mesmo beat (tempo) da música.
ex: YouTube - David Garibaldi (Full Solo)

- solo livre : o baterista faz o solo sem tempo de marcação,e apenas marca a final do solo com break ou contagem pra que a banda entre.
ex: YouTube - Solo de bateria de Buddy Rich

- solo 4 pra 4 : muito usado no jazz. é quando faz-se solos 4 compassos sim, 4 compassos não (nos 4 " não "a banda entra junto), isso consecutivamente até a volta do tema ou pode ser combinado pela banda.
ex: 4 compassos bateria sozinha,4 compassos c/ banda, 4 compassos sozinha, 4 com banda etc... (não tive tempo de achar ex, mas depois posto aqui)

- solo com banda : é igual ao solo com patterns ,só que aqui a banda continua tocando ou fazendo "frases" enquanto o baterista faz o solo.
ex: YouTube - Dave Weckl Natural Evolution2

- solo individual : quando o baterista faz o solo completamente sozinho,sem tema,sem banda ,e sem precisar fazer contagem pra volta do tema. é apenas o baterista a criar seu solo.
ex: YouTube - Neil Peart Drum solo R-30 DVD

etc...


:) Bom , partilhem aqui suas experiencias de como criam seus solos e que tipos mais usam , e seu ponto de vista sobre o mesmo.

grande abraço :icon_smile:

Thick and Thin
Sáb, 16 de Maio de 2009, 22:27
eu faço sempre solos com banda, determinamos que em certa parte da musica eles só tem que continuar com uns acordes prelongados ou deixar as guitarras a fazerem feedback e eu faço o solo improvisado, no tempo em que a musica está a decorrer e depois normalmente faço um break para a banda entrar.

mas já fiz um solo individual quando rebentou uma corda ao guitarrista e ele teve que a ir mudar porque nessa altura ainda só tinha 1 guitarra em palco eheh
mas nao gosto de fazer solos individuais.. sinto me muito sozinho em palco e fico smpre com aquela sensação de que posso estar a dar alta seca ao pessoal que ta a ouvir, ou estou a jabardar demais.. nunca sei bem o que fazer..
prefiro improvisar solo com a banda .

enes
Dom, 17 de Maio de 2009, 11:26
ao meio do espectaculo fazem-se as apresentaçoes ao som dos pink floyd " we don´t need no education ! " por isso cada um faz um solozito mantendo sempre os compassos da musica. nada de grave...

Lu Batera
Dom, 17 de Maio de 2009, 12:02
O solo 4 para 4 que referes, Maneiro, é chamado de chasing, e pode ser feito em mais ou menos compassos, não necessariamente 4.

Francamente, são já demasiados tópicos sobre solos. Começamos a parecer guitarristas! LOL

JoseZ
Dom, 17 de Maio de 2009, 12:34
Começamos a parecer guitarristas! LOL

Win! :hah:

MANEIRO
Dom, 17 de Maio de 2009, 13:49
O solo 4 para 4 que referes, Maneiro, é chamado de chasing, e pode ser feito em mais ou menos compassos, não necessariamente 4.

Francamente, são já demasiados tópicos sobre solos. Começamos a parecer guitarristas! LOL

Olá LU.

é que os ultimos que tenho visto tem mais parecido discussões do que troca de ideias ,e esse pra em vez de criticarem formas de solos,é apenas pra explicarem como fazem os seus ...

abracione :icon_smile:

Lu Batera
Dom, 17 de Maio de 2009, 14:22
Olá LU.

é que os ultimos que tenho visto tem mais parecido discussões do que troca de ideias ,e esse pra em vez de criticarem formas de solos,é apenas pra explicarem como fazem os seus ...

abracione :icon_smile:

É verdade, mas julgo que isto precisaria dum trabalhoa sério dos moderadores para organizar os vários tópicos, pois há conteúdo interessante em todos eles, mas que corre o risco de se perder por estar tão espalhado.
Coloco aqui também os links que indiquei já antes umas duas ou três vezes em que se fala sobre o assunto, da minha parte:

http://www.bateristaspt.com/forum/showthread.php?t=11662

http://www.bateristaspt.com/forum/showthread.php?t=11835

carfi
Qua, 21 de Outubro de 2009, 16:07
Este meu, eu não segui regra nenhuma, por isso não foi pra lugar nenhum!!
YouTube - Danilo Carfi 2
O DO GARIBALDI É SHOW DE BOLA, ESTOU TIRANDO ESTA MÚSICA

Dylan Dog
Qua, 21 de Outubro de 2009, 19:01
Este meu, eu não segui regra nenhuma, por isso não foi pra lugar nenhum!!

loooool
acredito está num beca complicado em questão de tempos,lol
nao quero dizer mal mas o solo não é uma coisa simples de se fazer ainda mais sozinho.
Acho que para se fazer um bonito solo tem de se compor tal e qual como uma musica,dividido plo menos em tres partes para nao parecer simples demais nem complicar demais e dessas partes por mais simples qe sejam de seguida pode-se alternar com breaks e tempos iguais....eheheh...até pareço um entendido no assunto.:icon_smile:

eusouoMiguel
Qua, 21 de Outubro de 2009, 19:38
Na minha opiniao um solo é o que tu tens de dizer, é algo que se exprime ca para fora, nao tendo obrigatoriamente de passar por qualquer tipo de fases, é teu e fazes como o queres e como o sentes

Dylan Dog
Qua, 21 de Outubro de 2009, 19:41
yup ,nem mais tambe concordo é um fraseamento com sentimento e sentido;)

Pedro Salvado
Qui, 22 de Outubro de 2009, 05:38
yup ,nem mais tambe concordo é um fraseamento com sentimento e sentido;)

Ou uma "sensação de absorção ao contrário".

=P

knk
Qui, 22 de Outubro de 2009, 13:09
Isto dos solos é uma questão muito complicada... e a construção de um solo é um processo que depende de muitos factores.
Agora falo por mim:

EM CASA:
Quando era mais puto, há uns 10/15 anos, estava no auge da adolescência e começava a ouvir uns elogios de quem me ouvia a tocar, logo queria treinar coisas para impressionar, nomeadamente coisas rápidas e 'vistosas' - estamos a falar em meados de 90 e não haviam 10% dos 'musicos' que há hoje - quando treinava em casa começava a abrir e ao fim de 10 minutos estava todo partido.
Depois comecei a abrir os horizontes na bateria e comecei a treinar solos segmentados: começar com uns rudimentos de toms ao calha, acrescentar os pratos a pouco e pouco, passar para a tarola com toms, tudo sem abusos, fazer entrar o pedal duplo a pouco e pouco, pausar com uns solos de pratos (importante para sacar diversos sons e sequências entre pratos*) e depois terminar com os tipicos 'portnoys' que são bons para treinar a rapidez dos breaks, embora sejam já um cliché dos bateristas de hoje em dia.
Já devia ter uns 19/20 anos quando 'descobri' outra dor de cabeça chamada metrónomo... MUITO IMPORTANTE para conseguir fazer breaks longos ou em compassos compostos, mas no tempo.
Resumindo, os meus solos em casa são progressivos, dinâmicos, com tenência ascendente (para durar cerca de 20/30min), e quando tenho paciência, faço sempre um solo mais pequeno, semelhante mas que envolva ritmos pelo meio do solo e uso constante do metrónomo (cerca de 10/15min).

AO VIVO:
Bem, aqui também depende e ainda mais dos factores como inspiração, ambiente, disponibilidade física e banda...
Quando estou cansado por mais irónico que possa parecer faço solos dos tais 'portnoys' que falei lolool porque são explosivos mas permitem descanso entre as pancadas, além de serem meramente técnicos e não exigirem muita movimentação em torno do kit.
Quando estou numa situação em que o publico tá 'na mão' e quer espectáculo já cheguei a fazer solos em cima do banco da bateria, solos com as mãos, e outras mariquices que tais, apenas para gozar o prato, batidas ao calha, mas com groove, de preferência sempre com feel de disco.
Quando estou com uma boa banda que permita fazer solos em pattern, gosto mais, estamos no meio de uma malha, pausa X compassos daqueles que logo se vê quantos são... e com uma simples chamada na bateria, volta tudo ao tema. São bons para mim porque nestas situações segmento os solos em partes, passando por rápidas e técnicas, umas mais lentas e sincopadas, outras aparentemente descoordenadas (e às vezes acabam mm por o ser lolol)...

Em suma, um solo depende daquilo que se quer fazer a determinada altura, mediante esses factores como a disponibilidade fisica, o local/situação em que está, disponibilidade mental, e musicos envolventes no resto da banda (caso haja algum**)


*por exemplo, quando se quer tocar levemente nos pratos, um splash dá o dobro do som de um ride e pode estragar a dinâmica suava que se pretende. é só um ponto.

**lembrei-me agora de uma situação muito engraçada que tive numa actuação há uns anos, em que partilhei palco com um colega guitarrista dos States, o gajo era muito criativo a tocar e começámos a fazer uma espécie de pergunta/resposta com a mesma pattern, foi muito muito engraçado. Mas estamos sempre dependentes do carácter musical do resto da banda (e eles do nosso)... também já estive em bandas em que me era pedido para fazer um solo ao vivo e o resto da banda começava sempre a improvisar sem qualquer sentido, um para casa lado, a solar por cima do solo de bateria... um solo tem de ter algum respeito e musicalidade.

Tá dito... Venham mais opiniões :)

serrinha
Ter, 24 de Novembro de 2009, 14:38
Boas,



Ora bom, para mim existem dois tipos de solo: os que são enquadrados numa música (ou ritmo), e os que não o são.

Os primeiros ainda os posso separar em dois grupos:
- Os que se executam no meio de uma música, ou seja, dentro do ritmo da música o baterista (neste caso) faz umas variações sempre mantendo o mesmo ritmo, alternando as batidas entre timbalões, pratos, e/ou outros acessórios;
- Os que se executam para uma mudança de ritmo, ou seja, enquadrado também na música, mas para fazer uma mudança do tempo, em que o baterista faz as tais variações mas neste caso ele irá acelerar ou atrasar a música, de acordo com o segundo tempo pretendido.

Os segundos não são enquadrados em músicas, ou seja, solos de demonstração ou de apresentação, por exemplo num concerto aquando da apresentação dos membros da banda, cada músico pode mostrar algo de si, ou então quando são bateristas (neste caso...) que fazem apresentações ao público.


E pronto, esta é a minha opinião.
De salientar que qualquer um destes tipos de solos provem da alma do executante, e mostra o que ele é enquanto pessoa e baterista (neste caso, outra vez).


Abraços



___________________________________________
:icon_drummer: Que a música vos acompanhe! :rocker:

bateforte
Qua, 2 de Dezembro de 2009, 12:40
oi
Para mim solo de batera tem lugar na comunhão musical e no casamento banda/galera.

No tecnico deve, se possivel, evitar repetição salvo se o fraseamento levar a isso, se possivel também do crescendo ao apoteótico, interação também é importante, mas concentração no limite. Sem cair muito no antigo se tiver um pouco de cimbal work porque agora existe mais opção, spash de varia cor sonora, EFX etc...

No musical, frasear, converçar com cada peça do set, tentando aqui ou ali fazendo subito, mas no geral mantendo dinâmica e tendo sempre o metronomo funcionando na cabeça.

Cada um um tem a sua dinamica e sua velocidade, quer dizer forma de ataque e rapidez de execução.

Já conheci grande baterista que fica tempo pra achar o seu tempo de groove, e outros que é na hora.

mas o que importa é conversar com a batera

Se tiver solo com groove, com 4/8/16 bars, fica paca bacana também, mas acima de tudo, é dar o coração e alma pelo instrumento.

abração