Pedro Aronoff
Dom, 22 de Maio de 2011, 20:10
Boas malta !!
De acordo com o título abro este tópico com intenção de saber se o fado dá/fica bem para ser acompanhado com ritmos bateristicos, obviamente sem "borrar a pintura" e o género musical.
Isto também pode ser levado a um desafio para os membros publicarem aqui vídeos a interpretar (ou até mesmo ensinar a interpretar) uma música fado com bateria ou qualquer outro instrumento de percussão.
Abraço!
:icon_drummer:
JoãoCampos
Dom, 22 de Maio de 2011, 20:12
O projecto Mariza tem (ou tinha, pelo que sei já acabou) espectáculo com bateria, baixo, guitarra e a coisa funcionava bem. Aconselho-te a ver o que o Vicky usava e fazia nesse mesmo projecto. Acabou por tender para World Music, misturando muita percussão.
Há que fazer uma selecção diferente do kit, escolher os sons a dedo.
Alex Soares
Dom, 22 de Maio de 2011, 21:03
Quanto a pergunta se fado fica bem acompanhado por "ritmos bateristicos", na minha opinião não. Isto se te tiveres a referir a ritmos base do nosso instrumento, tipo choques, bombo, tarola (penso que consigo transmitir a minha ideia assim).
A minha ideia vai no seguimento da do Kid...
Penso que abordar a bateria com uma mentalidade de percussão é essencial, e o nome referido pelo KId é um excelente exemplo disso.
Não só o Vicky abordou a musica da Mariza com uma mentalidade percussiva bastante vincada como revolucionou o seu set up de modo a facilitar a expressão musical.
Naturalmente nem todos têm a criatividade do Vicky e esse mesma criatividade é essencial...
Deixo este video do Tommy Igoe:
www.youtube.com/watch?v=GlAuXhP9I5o&feature=relmfu
O ritmo em si dificilmente tem algo a ver com fado, mas é o que o Tommy Igoe refere que eu procuro "transmitir"
cumprimentos
Alex
petercarvalho
Seg, 23 de Maio de 2011, 00:51
Aproveito o que já disseram! ser creativo, acho que se pensarmos muito fora da caixa, conseguimos encaixar percurssão em qualquer lado! até no fado! nos momentos certos, claro, mas acho que é uma coisa que depende do nivel de creatividade! por mim, sim dá
LEONEL RODRIGUES
Seg, 23 de Maio de 2011, 09:29
Boas
Sinceramente, sou absolutamente contra a bateria no fado em geral!
Faço excepção, a um tipo de fado, que nasceu entre a marcha e o próprio fado, que se espalhou ao Teatro de Revista ( O tal Teatro considerado de arte menor, mas que se contam pelos dedos os intlectuais que conseguem por um povo inteiro a rir), e que mais tarde nos anos 60 deu pelo nome de "Fado Canção".
Como em todos os estilos musicais, existem sub-estilos, ou seja variações na mesma linha, o que não é a mesma coisa que linha variada.
Existem o Fado Menor, Maior, Castiço, Corrido, Canção, Tauromático, Coimbra ( neste então a bateria seria fatal e letal para o bateriata claro), etc...
Mas só no Fado canção a bateria terá significado.
Na sua abordagem terá quase sempre as vassouras e o ritmo de componente "Jazzistica".
Fox-trot ou swing simples.
Raramente as baquetas se fazem ouvir! Ou então no máximo vassoura e baqueta!
O fado é um estilo de componente vocal e de mensagem implicita.
Os silêncios e as pausas impostas quase ditatorialmente pelos fadistas requerem enorme atênção dos guitarristas e violistas.
Assim também pelos musicos de uma banda ou orquestra no caso do fado canção.
A maior experiência que tive neste capitulo, foi a de acompanhar dois grandes monstros da canção portuguesa na passagem de ano de 80/81 no Hotel Praia-Golf Espinho!
Rui de Mascarenhas e Francisco josé!
Eram dois grandes do nacional cançonetismo, e onde imperava o Fado Canção!
Hoje em dia parece que "inventaram" o fado!
Até tem sintetizadores!
Valha-me Deus!
Abraço