Google
 
Web www.bateristaspt.com

Ver Versão Completa : [Instrução Virtual] Ajuda para evolução na técnica de pedal do bombo


Cristiano Isabel
Qui, 22 de Março de 2012, 23:22
Há quanto tempo tocas? - Desde os 17 anos, com muitas e longas interrupções pelo meio.

Tens bateria própria? - Sim.

Tens ou tivestes aulas? - Não.

O objectivo dos vídeos é perceber como estou de técnica de pedal de bombo, como corrigir e melhorar/evoluir na mesma técnica.
1.º Vídeo utilizo pedal de corrente dupla (chain-drive).
2.º vídeo uso pedal tipo “direct-drive” e “long-board”. O som é o da câmara.

Outros aspectos:
Já tinha algumas dúvidas relativamente à abordagem correcta do pedal de bombo, mas estas foram recentemente adensadas quando comecei a “tentar” utilizar um pedal direct-drive. Este tipo de pedal, da forma como abordo o bombo, parece transmitir mais tensão para a perna, tal como já foi descrito em outros posts. Tive algumas dores depois das primeiras utilizações! Fiquei com a ideia de que descobri deficiências na minha técnica, ou então é uma questão de afinação do pedal.

1.ª Questão – o batente deve ficar colado à pele cada vez que bate? É assim que sempre fiz.
2.ª Questão – faço demasiada força?
3.ª Questão – a pele está demasiado desapertada? (a velha questão já levantada noutros posts) utilizo assim, curiosamente desde sempre por indicação do Speedy (na altura baterista dos Atitude) e por indicação da marca (DW).
4.ª – como fazer para melhorar velocidade e dinâmica?

Note-se que em ambos os vídeos a certa altura acelero até ao meu limite, mas nessa altura fico em esforço/tensão e perco controlo do tempo (utilizo apenas muito pontualmente esta técnica).

Espero não me ter alongado demasiado.

Desde já, obrigado.

Abraço.

http://www.youtube.com/watch?v=IiMO1V84_1I

http://www.youtube.com/watch?v=Fbk_gZVyQQw

Diogo Pereira
Ter, 27 de Março de 2012, 21:34
Olá Cristiano!

Obrigado pela tua participação desde já. Uma boa exposição do teu background, vídeos com boa qualidade, é assim mesmo!

As tuas dúvidas poderão ser respondidas no tópico do Paulo S. de uma maneira muito geral quando conseguir fazer o tal vídeo tutorial. Como já lhe disse, ultimamente não tenho tido grande disponibilidade mas não queria que ficasses eternamente à espera. Podemos não responder logo na hora mas estamos atentos.

O que te posso dizer numa primeira abordagem é que com o aumento da velocidade devias mexer mais o pé do que a perna e o que tu fazes é o oposto. Basta ver deslocação da tua perna sempre que atacas o pedal para perceber isso. Pode resultar em tempos lentos mas à velocidade que te propões não só não será a melhor abordagem como poderá explicar as dores que dizes que sentiste.

Muito rapidamente em resposta Às tuas questões e sem pensar muito.

1.ª Questão – o batente deve ficar colado à pele cada vez que bate? É assim que sempre fiz.
R: Já ouvi dizer que sim, já ouvi dizer que não. A minha opinião é que não! Se o pedal te devolve o batente À posição inicial por alguma razão é. Se colas o batente, o pé fica em descanso com a placa no fundo. Para a pancada seguinte terás que levantar o pé/perna, ajustar o ponto de impacto na placa novamente e acabas por fazer o movimento a dobrar, se não repara.
o que tu fazes: pé desce-> empurra placa-> impacto na pele-> levanta pé-> ajusta pé-> pé desce-> empurra placa -> impacto na pele

o que acho que se deve fazer: pé desce-> empurra placa->impacto na pele-> recolhe posição inicial com um simples movimento de deslize-> pé volta a descer -> empurra placa-> impacto na pele

2.ª Questão – faço demasiada força?
R: Isso é relativo e está directamente ligado à técnica que usas, tipo de afinação do pedal, tipo de som que procuras. Tens o George Kollias (Nile) que toca a 260bpm como se estivesse a tomar café e a pele do bombo vai bem fundo. Tens o John Longstreth (Origin) que toca à mesma velocidade e o batente só encosta na pele praticamente. Nisso poderemos alongar mais à frente.

3.ª Questão – a pele está demasiado desapertada? (a velha questão já levantada noutros posts) utilizo assim, curiosamente desde sempre por indicação do Speedy (na altura baterista dos Atitude) e por indicação da marca (DW).
R: A resposta é praticamente a mesma que a anterior.
Pele esticada -> mais ressalto, mais tensão na pele, menos graves, mais resistência no teu pé sentirás, menos esforço nas pancadas seguintes (a lógica da primeira pergunta)
Pele lassa-> menos ressalto, menos tensão na pele, mais graves, menos resistência no teu pé, mais trabalho de pé para as pancadas seguintes

4.ª – como fazer para melhorar velocidade e dinâmica?
R: Não percas o próximo episódio porque nós também não!

E não te preocupes que esta secção é mesmo para te alongares e expores o melhor possível aquilo que procuras. Pergunta que é de borla e concerteza que o Bada e o Leonel terão o que dizer também!

Espero ter contribuído com alguma coisa. pensa nestes apontamentos e tenta retirar a tua conclusão, expõe-na e seguiremos por aí!

Cristiano Isabel
Ter, 17 de Abril de 2012, 16:00
Caro Diogo, obrigado pela atenção.

Só agora respondo porque entretanto tentei assimiliar algumas das coisas que opinaste.

Sim, acompanhei o tópido do Paulo S., que ajudou desde logo.

A intenção não é atingir uma grande velocidade. Aliás, utilizo pedal duplo apenas para umas dobragens e brincadeiras de vez em quando. Quero melhorar mesmo é o pé direito em dinâmicas e dobragens (doubles, triples).

1.º - desabituar de "colar" o batente à pele não vai ser fácil. estou a melhorar nesse sentido e este pedal (direct-drive) vai ajudar. mas quando quero aquele "punch" grave, que por vezes me gabam, é realmente a melhor forma de o conseguir (o batente abafa a pele).

2.º - tenho de melhorar toda a dinâmica no set e esse é mais um dos pontos em que estou a trabalhar.

3.º - vou manter a tensão da pele, uma vez que obtenho o som que mais me agrada e que assenta bem no 20''x16'' Maple que tenho.

4.º - treino, tempo, dedicação e vou ficar atento para quando conseguires fazer o tutorial.

Mais uma vez obrigado. Degrau a degrau vou evoluindo qq coisa.


Abraço.