Re: Clonagem
Acho que não era bem isso que o Leonel queria dizer. Estamos a levar a ideia a um extremo. Penso que a intenção não é essa.
É lógico que podemos começar do zero, fazendo um kit de raíz com tudo ao nosso jeito. Nem que seja com o choque por cima da cabeça. A questão é que para chegarmos ao ponto de nos interrogarmos se o nosso kit está mesmo à nossa medida, já temos que ter dado alguns passos. E se já demos passos... já apanhámos vícios. Não digo maus vícios, mas é certo que 99% dos dextros toca com o choque à esquerda e ride à direita. Isso é normal e lógico.
Agora tenham atenção ao tópico que o Leonel lançou. "CLONAGEM"!!! Isto sim é mau. Não é mau clonar para começar. Mau é permanecer clonado. Porque aí, bem, 100% de razão ao Leonel. Cada braço é um braço, cada pessoa é uma pessoa e mais importante, cada alma é uma alma! E não falo só nos kits... Há clonagens absolutas nos estilos. Claro que é mais fácil copiar que criar. Difícil sim é ser pioneiro e sair da "zona de conforto". Pois a todos os que se sentem confortáveis digo: -Saiam daí! Vão à procura do que é desconfortável e do que não conseguem fazer. Procurem o que nunca experimentaram. Criem. Novos set's, novos kit's, novos sons... Só assim se evolui. A tentar fazer o que ainda não conseguimos.
Agora quem opta por clonar, ninguém tem que levar a mal. Eu não concordo, mas vivo com isso. Até podem pensar que sou hipócrita por partilhar esta maneira de pensar e depois tocar numa banda de covers mas a verdade é esta.
Não nos podemos revoltar com quem imita e quer comprar só porque o baterista X usa.
Senão nem havia endorsers. As empresas não fazem contratos com bateristas porque eles coitadinhos se esforçam muito e merecem... Porque é que há tantos que tocam "nas horas", e nunca foram nem são endorsers de nenhuma marca? Não aparecem na TV, não se ouvem na rádio e não aparecem nas revistas portanto não têm impacto na comunidade de bateristas que está a começar, logo não vendem. Porque é aos que estão a começar que as marcas se fazem valer dos endorsers. "Monkey see, monkey do..." Quem conhece bem o meio sabe avaliar por si mesmo o que precisa e o que não precisa ou o que é bom e o que não é, mas quem não liga muito a isto ou começou há pouco tempo compra mesmo porque viu um ídolo a usar. É justo que assim seja.
Peço desculpa por me ter alongado.
Abraços,
Rui Ricardo
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