[VmsR]

Grande Fabbini.

Queria ter feito uma review do evento mas não seria melhor do que a tua.
Concordo em tudo.
O Barceló foi muito bom. Fiquei mesmo impressionado com a musicalidade. Ele ensinou os verdadeiros fundamentos da música: ideias, diálogo, falar, escutar, exprimir sentimentos, etc.

A Patti partiu corações. A embalagem (ela) era pequena mas o produto era de qualidade. Apesar de alguns contratempos (não musicais) ela tinha uma alegria contagiante a tocar. Divertia-se verdadeiramente a tocar. Nunca tinha visto ninguém a divertir-se tanto a tocar. E depois tinha tudo o mais que o Fabbini já descreveu...

O Haffner é um monstro. Já conhecia alguma coisa dele e fiquei a querer conhecer mais.
Eu estava num grupo diferente do Fabbini e a nossa experiência foi um pouco diferente. Não houve situações de alunos a tocar com ele. Mas ele é um verdadeiro orador motivacional, um mestre.
Adorei a simplicidade com que ele respondeu às perguntas. A forma como falou desmontou todas as perguntas sobre aspectos mais técnicos (rudimentos, grips, etc.): o que interessa é conseguir o som e ser original, encontrar a nossa voz, mesmo utilizando técnicas pouco convencionais, experimentando coisas novas no instrumento.

Em relação ao Eduardo Lopes...apesar de eu ser um dos que sabe ler música concordo com o que disse o Fabbini: sendo importante ler, a aula foi um pouco maçadora e monótona e demasiado centrada em aspectos demasiado académicos. Mais, ele como pedagogo não me convenceu muito.
A história das 2 horas por dia é conversa da carochinha...

Não deixou que alguns fizessem perguntas. Julgo que fez algumas críticas injustas aos executantes (terei sido o único a não houver nenhuma inconsistência no bombo dos que foram tocar??? Não ouvi nenhumas notas dobradas...eu pelo menos tenho a certeza absoluta que o meu pé não ficou lá...já na jam tinha praticamente destruído aquele bombo com as botorras...mas adiante...)

Por acaso nunca tinha assistido a nada com ele mas tal como o Fábio ao fim de algum tempo já não tinha paciência para ali estar. Tanto que fingi que fii ao WC e baldei-me uma boa meia hora.... ahah o regresso da baldaria, que saudade da escola.

Em termos da própria estrutura da MasterClass, a aula do Eduardo Lopes talvez fosse mais adequada para início do que para o final...acho que "cortou o barato".

Mas não me interpretem mal, o que ele procurou passar é essencial. É importante saber ler, conhecer as bases, estudar.

Depois o Cobham...um grande baterista sem dúvida. Um mestre dos mestres, um deus, iada iada iada. Só que estivemos 3 dias a ouvir falar do groove, dos fundamentos. E vai um tipo tocar um solo de 43 minutos (acho eu) em que não fez um único groove. Tocando ele 10000 vez mais que qualquer um dos assistentes, a verdade é que a música dele não swinga.
E como dizia o grande Duke Ellington "it don't mean a thing, if it ain't got that swing"...
Por altura do fim do solo bazei...não estava com diarreia...nem fui vender a bateria como disse ao pessoal que estava ao pé de mim....Vim foi a voar para Lisboa para apoiar o Glorioso em mais uma noite de tourada à lagartagem...a cereja no topo do bolo de uma semana maravilhosa!!!

Este evento para mim foi uma "life changing experience". Sou um dos mais velhos, comecei mais tarde e ando sempre por fora...digamos que ando a fugir da minha verdade que é querer mergulhar na bateria de corpo inteiro mas fingir que é só brincadeira. Depois disto, nada será como dantes para mim.

Adorei conhecer e partilhar estes momentos com pessoas absolutamente especiais que foram todas as que conheci. Reencontrei pessoas que tinha conhecido há mais de 10 anos quando tive umas aulas pela primeira vez (o Dino, que conhecia dos tempos do Hot, em que levávamos forte e feio do Bruno Pedroso, e o Paulo Vithal que tinha conhecido há tantos anos na velha escola da Diapasão... Estes dois marmanjos não estão aqui no fórum mas vão aparecer).

Conheci pessoas como o Fabbini, que é um baterista do catano e um gajo mais que 5 estrelas, o JP_ e o Luis, que me dão vontade de voltar a trás no tempo (miúdos, organizem-se: o mundo vai tremer quando vocês estiverem nos "trinques"), o Tom_Sawyer (até alemão falou com o Haffner), Hot_Sticks (que mãozinhas nas vassouras...o gajo que melhor tratou qualquer bateria ali por Évora...), o bada (o tipo mais humilde no evento, espectacular). Outros que reconheci, mesmo sem perguntar quem eram...Grolubao, pipó, nunobaiao, etc, etc...tudo pessoal muito fixe.
E o nosso mentor: o Madeira, este homem devia ter uma estátua.

Em relação à organização: muito boa.
A Raquel, meu Deus, que doçura, eu sou um homem casado, é melhor não falar mais...

Epá, estou muito chato. Pessoal vão ter que gramar comigo muito mais a partir de agora, é o que vos digo.

Abraço a todos.
VmsR

P.S.: resumo melhores momentos do evento.
Momento 1: Fabbini laying down a "fat" groove...e a Raquel deitada do estrado a segurar o bombo para ele não deslizar (tenho foto para quem quiser...já tinha dito que não falava mais dela...)
Momento 2:o Barceló a entrar na sala de aula e o Madeira mais o nunobaiao a fazerem o maior cagaçal nas baterias do evento.
Momento: eu a fazer de urso e a meter os pés pelas mãos quando Eduardo Lopes perguntou se eu tocava sempre de botas (mais um com um "fat groove".
Momento 4: Pessoal não há todas...e aí vão 250 Euros a bazar do barzeco manhoso que não queria servir um pessoal barulhento.
Momento 5.: Eu e Paulo Vithal (e mais outro camarada que não me recordo do nome) sermos interpelados por um segurança na praça do Giraldo...o homem tinha carteira profissional e cartão do sindicato dos músicos....baterista retirado!!! Que saudades que ele tinha desta vida.
E tantos outros momentos que não esquecerei.

Keep the beat!!!