Boas!
Caro Zeus não fazia ideia que também tinhas tido de ir ao mecânico. De qualquer forma, folgo em saber que ficaste bem. Talvez se apertares mais a pele do bombo a coisa ajuda a melhorar!
Infelizmente passei por isso também, no meu caso foi uma epicondilite, ou seja, uma lesão no epicôndilo, que, segundo o que percebi, é um tendão situado na zona do cotovelo e que é responsável pelos músculos que sobem e descem o pulso. No meu caso, afectou-me o braço esquerdo e adianto desde já que foi das piores coisas que me aconteceu. Infelizmente não tenho um esqueleto particularmente saudável, já fui operado ao joelho direito e tenho um problema entre duas vértebrar na zona lombar.
Acerca da epicondilite, o que o fisioterapeuta me disse é que é uma lesão comum a tenistas ou mesmo costureiras. A repetição contínua de movimentos e consequente solicitação dos tendões, leva a que estes inchem, causando aquela sensação super desagradável e dolorosa. No meu caso, já sentia uma ligeira dor não localizada no braço, mas foi durante um ensaio em que simplesmente perdi a acção no braço que me apercebi da gravidade da situação. Inicialmente procurei um endi9reita, pensado que era uma entorse ou algo do género, coisa que realmente também tinha aliada à tendinite. O problema é que estava m cima de 4 datas importantes com Sacred Sin, dado que íamos fazer a tour ibérica de Decapitated. De pulso ligado, lá fui eu tocar e no penúltimo concerto, até me vieram as lágrimas aos olhos de tantas dores.
Uma vez de volta a casa, consultei um fisioterapeuta que me diagnosticou o problema. De referir, estas lesões muitas vezes podem ser mal diagnosticadas, até mesmo por médicos, por isso tenhanm sempre muito cuidado quando começarem a sentir dores e não se contentem com a opinião do preparador físico do clube de futebol da terra ou de um endireita! Procurem um especialista!
Conclusão, tive 2 meses e meio sem poder pegar em baquetas, sendo 2 destes meses de várias sessões no fisioterapeuta e tratamento em casa numa base diária. Tive as 3 bandas paradas e o set a ganhar pó e ainda tenho a possibilidade de voltar a reincidir. O tratamento fisioterapeutico é importantíssimo, mas de igual importância é o aquecimento antes de tocar bateria. O meu médico literalmente obrigou-me a aquecer 10 minutos antes de tocar, nem que fosse para tocar só 2 minutos.
Aprendi a lição mas ainda hoje sinto um cansaço mais intenso no braço esquerdo e confesso que o medo de voltar a estragar tudo também afecta a maneira como abordo a bateria hoje em dia. Isto aconteceu-me entre fins de fevereiro e inícios de maio.
O meu conselho é para nunca se esquecerem que acima da vossa perícia como bateristas está a vossa saúde! Mais vale tocar menos e de um modo saudável, do que querer ser o meior, mais rápido e mais técnico e parar ao fim de alguns anos.
Cheers!
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