Claramente que levavas uma tareia num forum de audiofilia!
Mas seria uma tareia tal que nunca mais te levantavas.
Eu não sou nenhum expert em som, gosto de hi-fi, gosto de ouvir música com alguma qualidade e quando fui morar sozinho o meu primeiro grande investimento foi logo montar o meu hi-fi (que é um mix entre Denon e Pioneer).
Concordo contigo plenamente quando falas da história dos preços que nem sempre são justificados pela qualidade. Concordo mas nunca o disse porque não tinha grandes bases para o fazer - não tenho claramente a mesma bagagem que tu.
Aceito a audiofilia mas nem sempre a compreendo e reforço esta tua ideia "Muitos acham-se audiófilos porque têm dinheiro e outros que sem dinheiro têm mais ouvidos e sensibilidade de percepção que esses endinheirados." - faz-me lembrar a velha história do gajo rico que tem uma bateria de milhares de euros mas não sabe pegar nas baquetas.
Percebo quando dizes isto:
"
Este método a meu ver revela uma enorme frieza sonora. Exacta, mas desprovida de alguns harmónicos. Mas isso é a minha opinião."
A parte da exactidão é que me dá cabo da cabeça e faz com que nem sempre perceba afinal o que é que a audiofilia procura.
A natureza não emite o som dessa forma, separada. Os sons misturam-se sempre em algum ponto. O som da água no rio e o som da pedra a cair na água vem do mesmo ponto, cruzam os sons mas os nossos ouvidos detectam a diferença, não precisamos de cross-overs para o fazer. Não ouvimos som às camadas mas sim como um todo que o nosso aparelho auditivo tem a capacidade de "espalhar" pelo cérebro. Se receberes as coisas em camadas, vão ser espalhadas em camadas... ora, dá o tal som frio e sem "vida natural".
Acho que apesar de ser exacta como dizes, não é a ideal e está longe de ser perfeita - perfeita é a natureza.
Uma bateria sem harmonicos a "atropelar" a frequência do tom do lado é uma bateria com pouca vida.
Portanto, acho que essa malta que procura a perfeição através da exactidão está a caminhar no sentido contrário... mas é a minha opinião.