|
Viva
Compreendo bem o teu dilema que foi o meu durante muitos anos a tocar com os Romanças, Navegante, Janita Salomé, Amélia Muge, etc.
Usei várias soluções como no verão ter os tambores com as peles (que são de vitelo, vaca ou cabra) mais laças e no inverno com as peles mais apertadas. O problema é que ao ar livre, as noites de verão podem ser muito húmidas e no inverno as luzes numa sala podem fazer as peles esticar demais. Também experimentei montar, nuns uma resistência, noutros uma lâmpada, para aquecer as peles mas estas ficam muito secas e podem rasgar mais fácilmente. Um aquecedor tipo ventilador foi outra experiência que resultava mais em me fazer suar que outra coisa qualquer. A maneira como resolvi o problema foi apenas usar peles naturais em estúdio ou em salas acondicionadas ou ao ar livre apenas se a temperatura e humidade o permitissem. Depois arranjei caixas, bombos e timbalões tradicionais com peles de bateria, bem como bendires e darbukas com peles de plástico. Os adufes, pelo formato quadrado, é que eram mais problemáticos.
Ter amplitude na afinação das cordas é essencial para se poder ter possibilidades de apertar ou desapertar conforme o necessário mas é um problema que dificilmente se controla por completo.
|