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Não lido Ter, 3 de Março de 2015   #17
knk
 
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knk será famoso em breveknk será famoso em breve
Re: Que bateria eletrónica até 1200 euros devo comprar para durar uns anos?

Tens razão Madeira mas gosto de abordar as coisas de forma mais para toda a gente perceber. Não vou falar da modulação nem nos motores GM ou GM2, nem dos ROM's capacitivos... embora seja um assunto sempre giro tentar descortinar como é que a Yamaha conseguia 800 "samples" numa ROM de 2 megas enquanto que a Roland deixava o synth interno fazer o trabalho, muitas vezes deixando os kits limitados aos standards que já se encontravam nos teclados básicos dos anos 80 mas com um algoritmo de reverb ou qualquer coisa do género para falar em «deep bass» ou «snare hall».

Adiante, quando falo em "samples" falo na qualidade dos sons reproduzidos. No básico de «colocar phones, bater no pad e ouvir os presets de tarolas». Essa perspectiva simples, mas importante.

Vou dar-me o meu exemplo. Tenho uma Xtreme IIs há uma série de anos (quase 10). Aquela porra ainda leva flash card - limitado a 128 megas!!! - e os sons internos (ROM de 8mb) não são nem muito realistas, nem muito flexíveis.
O projecto: quis meter triggers numa acústica para eliminar o «fazer som» em bares e o eliminar feedbacks (além de que os sons digitalmente podem sair mais altos e definidos, ou seja, o limite de volume é o limite de PA em si).
Primeiro que tudo afinei a bateria ao meu gosto e gravei peça a peça com micro de proximidade e condensador a cerca de 2m. Misturei e «masterizei» o kit em duas layers: layer A (pancadas leves, velocity 0 a 76) e layer B (pancadas fortes, velocity 77 a 127). Atenção que o som do kit tem de soar muito colado ao samplado senão as pessoas que estão perto do kit ouvem um som e no PA outro... em bares é foleiro.
Importei os samples todos para um cartão flash de 128 mb (mesmo à conta), montei os triggers na acústica, liguei ao módulo, afinei os inputs em termos de gain, velocity, xtalk, ajustei e testei uma gravação analógica e digital para ver se as notas estavam todas lá e sem cross-talks.
De entre muitas conclusões que tirei, uma foi a necessidade de fixar os toms aos tripés dos pratos e não ao bombo por causa das vibrações que accionavam os triggers embora em baixa intensidade... etc etc
Com este trabalho feito, chega a fase do "ao vivo", e aí a vantagem dos outs individuais. Como a Xtreme IIs tem 6 outs independentes, dividi: 1-bombo, 2-tarola, 3-tom1, 4-tom2, 5-tom3 e 6-trigger aux (aro da tarola). Tudo a entrar na mesa individualmente de modo a permitir o ajuste individual de volumes, eq's, gains, pan's e efeitos.
Além disto tudo era giro ensaiar de phones e ouvir a mesma bateria acústica... sem desafinar
Ah... com o tempo as peles alargaram um pouco e dei por isso. A afinação do kit estava ligeiramente abaixo dos samples. Solução? Uma ferramenta simples chamada "pitch" de precisão no módulo.

Por isso é que dou tanta importância ao módulo!

...mas em casa para brincar toco na Roland HD1. Básico mais básico não há... e a maioria das vezes perco a paciência de ligar portátil, placas de som, cabos MIDI, abrir vst's, importar mapas GM, meter phones, ajustar volumes... querer mudar de kit e ter de sair do programa, fazer load de outro kit, reimportar mapas (ou usar o Nuendo/Cubase para deixar em linha a pista MIDI já com as pré-definições... o programa crashar às vezes... AHHHHHHH

É Roland HD1, bota phones e siga para bingo! Para treinar não precisamos gastar muito...
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Dinâmicas pessoal... dinâmicas!

Última edição de knk : Ter, 3 de Março de 2015 às 17:52. Razão: gramática :)
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