[Miguel Martinho]

Eu soube desta história toda pelo jornal. Vinha lá a notícia e uma pequena entrevista ao gajo da agencia.

Há algo que ele diz na entrevista que realça e que deixa pouca margem para mudanças. Ele diz a certo ponto que este procedimento é normal e que é um modelo importado lá de fora. Ou seja, esta agência não inventou este modelo comercial, apenas o copiou.

Isto sim, é assustador. Esta maneira com tratam as bandas em início de carreira é mais um aspecto que demonstra que a música há muito que deixou de ser arte e paixão para os seus principais intervenientes para ser apenas um negócio.
No entanto, nunca esperei que a falta de respeito chegasse a este ponto.

As bandas precisam destas agências, mas as agências precisam de bandas. Hoje uma banda pequena pode ser amanhã uma banda maior.
Mas parte da culpa também é das bandas que permitem estas coisas. Muitas ontem foram espesinhadas e hoje esquecem isso e ignoram estas situações.
Se houvessem bandas que chegassem a estas empresas e dissessem, ok mas a banda que vai abrir tem de ter condições. Mas não, as bandas grandes cobram dinheiro às pequenas por usarem o mesmo palco e uma pequena parte do material de palco...

Resumindo:
Todo este sistema está errado e começa logo nas bandas.