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Não lido Ter, 15 de Janeiro de 2013   #9
Loseless
 
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Re: Exorcismo às Fames

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Citação:
Mensagem Original de Miguel Martinho Ver Mensagem
Então a diferença de preço nem é assim tanto como isso, porque o hardware da Fame nem se compara com o da Yamaha.
Portanto, se pegares numa Fame sem hardware, comprares hardware Yamaha para ela, se calhar a diferença final nem é assim tanto que te compense a Fame!! Ou estou errado?!
Quando me refira ao hardware, referia-me aos lugs, aros e pernas. Não aos suportes e pedais (esses sim, são fraquinhos. Para tocar em casa são muito bons, ou até em estúdio e sala de ensaio. Mas não recomendo usarem hardware da Fame na rua durante muito tempo).


Pipó, obrigado pelo comentário.

Esta bateria será para usar na rua, mas em concertos baratos. Não irá para palcos. Voltei a tocar bateria recentemente depois de um interregno de três anos (escusado será dizer que a técnica foi-se toda p'ó galheiro) e irá demorar até tocar novamente alguma coisa que justifique ter uma boa bateria. No próximo ano, se for mesmo necessário, comprarei uma coisa mais porreira (ainda choro por causa da Delight ter sido descontinuada, mas pronto, volta e meia daqui a um ano ainda tens uma na loja :P)


Apenas quero desmistificar uma ou duas coisinhas. A Yamaha tem fábricas offseas, certo. Mas eles controlam a produção nessas fábricas. Continua a ser uma fábrica da Yamaha e não uma fábrica que produz cascos em massa que depois são comprados pelas marcas e montadas num sítio qualquer, resumindo-se os testes de qualidade a medições de lote e a olho nú peça-a-peça. A Yamaha não é a única que o faz, verdade seja dita. A PDP, a Ludwig e a Dixon também o fazem (esta última nem tenho muita certeza, posso estar errado).

As marcas mais comuns preocupam-se com a qualidade a partir dos 2000€. Até lá, a difereça resume-se ao hardware da bateria (lugs, aros e pernas). E aí concedo-te toda a razão. Apesar das ferragens que a Fame usa nestas baterias serem as mesmas que se usam nas marcas baixas da Sonor, Mapex, Premier e outras tantas (ou seja, tudo mau), é bom o suficiente para aguentar bem estimada. E dou-vos o caso da minha primeira Sonor 500 e qualquer coisa, que tem uns 13 anos (give or take), já está no seu quarto dono (comprei-a em segunda mão, vendia-a a um dieb que agora vendeu a outro) e continua em bom estado. Apesar do hardware ser fraquinho. E a desgraçada conta com mais de 300 atuações em cima. Eu usei-a em praí 100, o terceiro dono não parou durante três anos com ela e o novo ainda mal tocou.

Eu sou o tipo de gajo que tem tanta paneleirice com o material que os meus colegas de banda quase me enfiavam um tútú pela cabeça. Nunca tive um problema de hardware maior que ter perdido uma rosca (e mesmo assim sou bicha ao ponto de ter quatro ou cinco roscas suplentes :P)

E os die-cast para mim são um must porque numa bateria baixa não procuro tanto qualidade de som como procuro solidez. Tenho plena noção que triple-flanged é melhor que die-cast em qualidade de som (tirando na tarola por causa dos rimshots) mas neste caso dá-me mais jeito (e recomendo a todos os amadores que queiram uma primeira bateria).

Quanto ao que dizes sobre os vernizes e as edges, pelo que vi da FBP de um amigo meu, são melhor tratadas do que pensamos. As edges foram polidas à mão (diz ele que é carpinteiro :P) e tinham um produto qualquer de tratamento. Não era verniz, mas presumo que o efeito seja o mesmo.


Para terminar, não quero contradizer-se, mas há gamas bem caras que não reconheço qualidade nelas que justifique aqueles preços. É o caso da MCX. Já fiz som a meia dúzia delas e estive para comprar uma. São boas. Se custassem 1500 com hardware seria um bom negócio. Mas 1700 sem hardware é demasiado.


Mas repito e afirmo, no caso da FMP, a desgraçada consegue ter melhor som micada que uma MCX. Também fiquei estupefacto. Sabia que as FMP eram boas para o preço, mas nunca imaginei que fossem comparáveis a uma MCX. Está bem, perde no hardware. Mas eu não irei usá-la ao ponto dos lugs e aros começarem a dar o berro. E falando nisso, as Referece têm tido mais problemas de hardware que o caraças. E são uma bateria de alta gama (ou média alta, conforme os critérios). Lugs partidos são aos pontapés. Até vi no outro dia um aro da tarola partido. Um aro partido ao meio, sem mossas. Até me caíram as frutas ao chão.


Estava indeciso entre a X7 e a FMP. No final, a FMP até fica ligeiramente mais cara. Para ter cinco timbalões na FMP tenho que gastar 850€. Mais os suportes para estes. Mas o bombo não tem furo, a tarola é MUITO melhor (digo-vos que a melhor coisa da bateria é mesmo a tarola. A minha tarola da Delight era melhor, mas não muito melhor que esta) e tenho mais flexibilidade no material. Claro que a FMP tem uma desvantagem: os lugs não têm o sistema de precisão das PDP, mas isso é o menos.

Quanto à DrumCraft, conheço a marca, mas não muito bem. Não recordo ter-me cruzado com uma.


Mas também vos digo isto: se comprar esta coisa e vir algum problema (e acreditem que sou mesmo bicha com esta coisas), vai recambiada para a Alemanha no mesmo dia. Quando chegar já tenho as peles à espera. Se soar mal, goodbye. Mando vir uma PDP CM7 que me lixo (outra das razões que me fazem comprar esta e não uma X7 ou CM7 é ter apenas um timbalão de chão. DETESTO timbalões de chão).


PS: Não sabia que as PDP tinham saído do México :O

PPS: O facto de ser da Yamaha não faz uma bateria valer mais automaticamente. Mas é das poucas marcas de bateria que oferece um controlo de qualidade nas baixas gamas que nenhuma outra marca oferece. E não o fazem apenas nas baterias, mas em todos os instrumentos. E mais: um amigo meu tem endorsment deles e quando foi escolher um brinquedo novo o representante da Yamaha ia-se passando com ele quando o moço começou a fazer rudimentos e acentuações. "Yamaha é para bater com força! As nossas baterias não servem apenas para fazer festinhas." E isto diz tudo. Quando encontrar outra marca que ofereça nas gamas baixas o que eles oferecem, aí sim, passarem a dar-lhes tanto crédito como dou à Yamaha. E aqui entre nós, ainda hoje não sei porque descontinuaram a YD. A bateria tinha um som fantástico para aquele preço. Eu quase que pagava para fazer-lhes som.

Última edição de Loseless : Ter, 15 de Janeiro de 2013 às 20:04.
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