Nem mais. Não é nenhum descalabro vender uma bateria para dar de comer aos filhos e pagar as contas. Se o tiver de fazer, lá terá de ser... Por agora, não penso em nada disso. Ainda bem...
Talvez, há uns anos atrás, isto, para nós, seria impensável (e sei ver... apesar de ainda ter 17 anos). Hoje em dia, é uma realidade que nos é confrontada a todo o segundo.
É por isso que, cada vez mais tarde, saímos de casa dos pais (muitas vezes, também em dificuldades) mas é melhor que nada... Constituir vida própria e independente e uma família é preciso ter coragem e estar bem ciente do que se está a fazer. Para olhar para a conta bancária e ver zeros à esquerda, ter filhos e contar os tostões para ter de os alimentar...
É embaraçoso e se é assim mais vale estar quieto.
A bateria, neste momento e porque o posso ver desta forma, é mesmo uma paixão e é algo que me mantém vivo. Principalmente, aliando-se ao estilo de música que amo/toco e do qual tenho um projecto respetivo. O investimento é feito por mim (quem me dera que os papás patrocinassem mas assim sabe melhor)!
Já gastei uma porrada de dinheiro provavelmente e, com certeza, ainda não tive o retorno. Mas luta para o ter um dia, nada é impossível. Com força, acreditando, tendo ambição... chegamos lá, sim chegamos! Ideias definidas é o ponto de partida. O destino prega-nos partidas e a ponta de sorte tem que estar connosco e, acima de tudo, o talento. Para isso, treina-se e estuda-se/marra-se... é verdade. O caminho é duro.