Vou dar-me o meu exemplo. Tenho uma Xtreme IIs há uma série de anos (quase 10). Aquela porra ainda leva flash card - limitado a 128 megas!!! - e os sons internos (ROM de 8mb) não são nem muito realistas, nem muito flexíveis.
O projecto: quis meter triggers numa acústica para eliminar o «fazer som» em bares e o eliminar feedbacks (além de que os sons digitalmente podem sair mais altos e definidos, ou seja, o limite de volume é o limite de PA em si).
Primeiro que tudo afinei a bateria ao meu gosto e gravei peça a peça com micro de proximidade e condensador a cerca de 2m. Misturei e «masterizei» o kit em duas layers: layer A (pancadas leves, velocity 0 a 76) e layer B (pancadas fortes, velocity 77 a 127). Atenção que o som do kit tem de soar muito colado ao samplado senão as pessoas que estão perto do kit ouvem um som e no PA outro... em bares é foleiro.
Importei os samples todos para um cartão flash de 128 mb (mesmo à conta), montei os triggers na acústica, liguei ao módulo, afinei os inputs em termos de gain, velocity, xtalk, ajustei e testei uma gravação analógica e digital para ver se as notas estavam todas lá e sem cross-talks.
De entre muitas conclusões que tirei, uma foi a necessidade de fixar os toms aos tripés dos pratos e não ao bombo por causa das vibrações que accionavam os triggers embora em baixa intensidade... etc etc
Com este trabalho feito, chega a fase do "ao vivo", e aí a vantagem dos outs individuais. Como a Xtreme IIs tem 6 outs independentes, dividi: 1-bombo, 2-tarola, 3-tom1, 4-tom2, 5-tom3 e 6-trigger aux (aro da tarola). Tudo a entrar na mesa individualmente de modo a permitir o ajuste individual de volumes, eq's, gains, pan's e efeitos.
Além disto tudo era giro ensaiar de phones e ouvir a mesma bateria acústica... sem desafinar
Ah... com o tempo as peles alargaram um pouco e dei por isso. A afinação do kit estava ligeiramente abaixo dos samples. Solução? Uma ferramenta simples chamada "pitch" de precisão no módulo.