Re: O fim da alta fidelidade
Viva,
A questão dos MP3 tem alguma coisa que se lhe diga. Vários testes sérios chegaram à conclusão que o ouvinte não detecta a diferença entre MP3s codificados em condições (leia-se usando um bom encoder e com bitrates iguais ou superiores a 256 Kbps) e o áudio original.
No entanto, há muito boa gente a produzir e consumir MP3s de fraca qualidade, o que contribui para a má fama do formato.
Como técnico, para mim o MP3 é um formato como outro qualquer. Bem usado traz vantagens ao utilizador em termos de espaço e portabilidade. Mal usado dá asneira.
Já a outra compressão, a que limita a dinâmica sonora da música, acho-a muito danosa para a qualidade do áudio que consumimos. Desde já, porque não interessa qual o formato usado: seja WAV, seja MP3, um áudio demasiado comprimido em termos de dinâmica vai sempre soar mal.
Por outro lado, é bem sabido que a compressão da dinâmica causa saturação no ouvinte. A um não-audófilo aquilo ao princípio até parece soar porreiro, mas depois o ouvinte cansa-se e nem sabe porquê. A música precisa de respirar para soar bem. Como dizem os apologistas anti-loudness-war, "without silence there can be no loud".
Finalmente, como apreciador de música, simplesmente não gosto de ouvir músicas sem dinâmica sonora. Soa demasiado artificial e plástico, sem aquela "vida" que a música real tem. Em exagero, o que seria de uma peça de música clássica se o volume fosse sempre o mesmo? Lá se iam as subtilezas todas, os altos e baixos emotivos, etc.
Em suma, sou indiferente ao MP3, desde que usado convenientemente, mas contra compressão da dinâmica sonora em exagero.
Um abraço,
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Miguel Santos
Última edição de bubblept : Qua, 30 de Outubro de 2013 às 13:34.
Razão: typo
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