[Biografia] Jack DeJohnette

[Ticó]

Bem, resolvi fazer a biografia deste senhor, já que é um dos meus bateristas de free-jazz preferido.
Já agora explico o que é free-jazz:
Free Jazz ou "New Thing", como foi chamado mais tarde, é um estilo de jazz criado nos Estados Unidos da América, por músicos afro-americanos como John Coltrane e Rashied Ali, originário do Bebop, e que propunha uma liberdade de improvisação musical total do músico e de uma diferenciação de atitude musical da música produzida pelos anglo-americanos.

Mas pronto, vamos lá então falar do Senhor DeJohnette (parte deste texto foi tirado do site http://www.clubedejazz.com)

BIOGRAFIA:



Considerado por muitos como o baterista dos bateristas, Jack DeJohnette parece estar em casa em qualquer que seja o ritmo: free, mainstream, blues, funk ou pop, Jack sempre acrescenta algo extra nesse mix todo.

DeJohnette nasceu em Chicago no dia 09 de agosto de 1942. Iniciou seus estudos no piano clássico até a idade de 10 anos, quando fez a opção pela bateria. Como bacharel da American Conservatory of Music de Chicago, ele trabalhou em vários gêneros musicais, inclusive com a AACM de Lester Bowie e Anthony Braxton, até se mudar para N.Y. em 1966.

Jack entrou e participou do quarteto de Charles Lloyd por três anos, junto com Keith Jarret e Ron McClure. Durante esse tempo, DeJohnette gravou ou atuou com Coltrane, Bill Evans, Monk, Getz e Hubbard entre outros.
DeJohnette fez parte da troupe de Miles Davis nas sessões de "Bitches Brew" em meados 1969 e se juntou ao combo de Miles no outono de 1970 durante um ano. Jack começou a gravar com seus próprios grupos para os selos Milestone, ECM, Impulse! e Blue Note.

Um dos seus trabalhos principais foi e está sendo desenvolvido há mais de 10 anos no "Jarret Standards Trio", junto com Gary Peacock. Outros trabalhos fundamentais na obra de DeJohnette estão nos seus grupos "New Directions" e "Special Edition", onde teve como sidemen, Lester Bowie, Arthur Blythe, David Murray e John Abercombrie entre outros. Esses duas linhas de trabalho estão gravadas pela ECM.

(aqui vai um link com o senhor a tocar, um bom exemplo do que é free-jazz, é bem provavel que o pessoal nao goste já que a caracteristica dominante são melodias dissonantes).

Fica aqui prometido, que quando tiver tempo faço um artigo sobre a história do jazz/bateria e a sua evolução, já que foi a partir deste estilo que "nasceu" este intrumento como hoje o conhecemos.

[Tom Sawyer]

Sim senhor! Merecida homenagem ao grande Jack DeJohnette, é fixe encontrar aqui mais pessoal que aprecia o trabalho de bateristas como este.
Há um álbum incrível chamado "Timeless", do John Abercrombie, que tem uma performance incrível do Jack. Recomendo a qualquer apreciador de fusão dos 70s.

[Ticó]

Mensagem Original de Tom Sawyer

Sim senhor! Merecida homenagem ao grande Jack DeJohnette, é fixe encontrar aqui mais pessoal que aprecia o trabalho de bateristas como este.
Há um álbum incrível chamado "Timeless", do John Abercrombie, que tem uma performance incrível do Jack. Recomendo a qualquer apreciador de fusão dos 70s.

Conheço-o bem faz parte dos meus álbuns de eleição.

[Alex Soares]

Este Sr. é simplesmente GRANDE hehe
Excelente post, rep atribuída.
Penso que seria benéfico para o fórum se os tópicos criados para apresentar bateristas fossem todos nestes modos e não apenas com vídeos como é costume...

Cumprimentos

[Miguel Martinho]

Grande baterista.
Foi com ele que comecei a dar mais atenção ao jazz, em especial a nível rítmico.

Tenho o vinil do Special Edition.

O que me fascina no Jack é a forma com usa as dinâmicas quer nos pratos quer nos timbalões.


Li algures, que havia quem dissesse que ele tocava melhor piano que bateria...

[Filipe]

hmm eu quando penso em pioneiros do free jazz o primeiro nome q vem à cabeça é ornette coleman, dps talvez albert ayler, charlie haden e coltrane.
Se tivesse que indicar caracteristicas dominantes diria que era mais a ausência de medidas de tempo pré-definidas (ritmo) e estrutura das musicas mais maleável na medida em que tanto os temas como os solos se extendem até os musicos "acabarem de falar", o que deriva de, lá está, ausência de ritmo definido.
A liberdade de improvisação é "quase" completa visto que muitas vezes escolhe-se uma tonalidade á partida e por vezes se há "guidelines" que definem onde ou como acabar o solo para passar a outra secção da música. Pode não parecer, mas este estilo ainda tem muitos factores de composição.
O meu baterista de eleição nesta área é definitivamente o Elvin Jones, na realidade tanto nesta area como nas outras