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Esplanada dos Batucadores (Off Topic) Aqui, toma-se um copo e troca-se dois dedos de conversa... Conversa geral directa ou indirectamente ligada à bateria e percussão. (Nota: O bom-senso será a regra de ouro, e os assuntos ou temas ofensivos serão removidos e os membros infractores serão punidos.) |
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Seg, 6 de Setembro de 2010 | #1 |
Membro desde: 1-Mar-2010
Local: Braga
Mensagens: 872
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Tarola: a sua evolução
A caixa/tarola parece descender de um tambor medieval chamado de Tabor, que tinha uma única alça (esteira), feita a partir de intestino de animal amarrada na parte inferior.
A tarola por norma era um pouco maior que um tom médio e foi usado pela primeira vez na guerra, muitas vezes tocada em conjunto com uma flauta ou pífaro. Os Tabors nem sempre tinham pele de ressonância o que implicava que muitas vezes não tinham “esteiras”. Por volta do século 15, o tamanho da tarola foi aumentado e esta ganhou uma forma cilíndrica. Este tambor com uma “esteira” simples tornou-se popular entre as tropas de mercenários suíças que usou o pífaro e tambor por volta dos anos 1400-1500, devido à influência do uso do tambor nos exércitos turcos otomanos. Novos desenvolvimentos surgiram no século 17, com o uso de parafusos para prender as “esteiras”, dando um som mais brilhante do que o chocalho de uma esteira frouxa. Durante o século 18, a tarola passou por mudanças que melhoraram o seu som característico. As tarolas de metal só viriam a aparecer no século 20. Em 2006 foi registada a primeira patente para uma tarola feita com casco 100% de cristal, e em 2009 a mesma patente foi preenchida com outra relativa à montagem HMS*, necessária para segurar o cristal. *não encontrei nada relativo a isto, se alguém encontrar que avise Esta inovação foi projectada com o objectivo de maximizar a ressonância, e ambas foram patenteadas pela Nolan Page Drum Co. Hoje em dia as tarolas, são utilizadas em quase toso os géneros musicais. Muito do desenvolvimento da tarola e seus rudimentos está intimamente ligado com o seu uso nas forças armadas. No seu livro, The Art of Snare drum, Sanford A. Moeller (do “Método de Moeller") afirma que "Para adquirir um conhecimento da verdadeira natureza da tarola, é absolutamente necessário estudar o uso da tarola nas forças militares, pois é essencialmente um instrumento militar e seu carácter verdadeiro não pode ser trazido para fora com um método incorrecto. Quando um compositor quer um efeito musical marcial, ele instintivamente parte para o uso da tarola." Antes do advento do rádio e das comunicações electrónicas, a tarola era muitas vezes usado para comunicar ordens aos soldados. As tropas americanas eram acordadas pela tarola e pífaro, tocando cerca de 5 minutos de música, incluindo o conhecido “Three Camps”. As tropas também eram chamadas para as refeições ao som da tarola, entoando temas como "Peas on a Trencher” ou "Roast Beef". O tema chamado "Tattoo" foi usado para indicar que todos os soldados deviam estar na sua tenda, e "The Fatigue" foi usado para policiar os aquartelamentos e afugentar mulheres que neles entravam sem autorização. Muitas dessas peças militares requerem uma fundamentação e conhecimento exaustivo no rudimento de percussão; Moeller afirma que de facto: "Eles [os bateristas de rudimentos] eram os únicos que poderiam toca-las”. Moeller, além disso, afirma que "Não importa o quão bem um baterista pode ler, se ele não conhece o sistema rudimentar de percussão, é impossível para ele tocar a “Three Camps” e “Breakfast Call”, na verdade qualquer uma das peças militares, excepto as batidas simples, como as usadas no tema “The Troop”.” As peles originalmente eram feitas de pele da panturrilha. A invenção das peles de plástico ( Mylar ), é creditada a Marion "Chick" Evans que (aparentemente) fez a primeira pele de plástico em 1956. O primeiro rudimento foi escrito em Basileia, Suíça, em 1610. Rudimentos com nomes conhecidos estão descritos no livro de Charles Ashworth de 1812, como o paradiddle (single), flam, drag, ratamacue, o roll (um rolo de curso duplo, também chamado de "ma-ma-da-da" roll), entre outros. FONTE: WIKIPÉDIA
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rock on!\oo/ |
Seg, 6 de Setembro de 2010 | #2 |
Membro desde: 16-Out-2008
Local: Lisboa
Mensagens: 91
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Re: Tarola: a sua evolução
O HMS vem de Hardware Mounting system.
"After years of prototypes the Nolan Page Hardware Mounting System was perfected and patented. This innovation makes it possible to create a snare drum with all the clear, full tones that can be produced by crystal. This hardware mounting system (HM system) only requires four holes drilled into the shell rather than the 22 holes normally made in a shell. The HM system can be used on any shell, including wood and steel, always improving the sound quality." Já agora deixo o link http://www.allpropercussion.com/?p=2219
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https://www.youtube.com/user/tachinaka/videos |
Seg, 6 de Setembro de 2010 | #3 |
Aguarda confirmação de email
Membro desde: 10-Ago-2010
Local: Suiça
Mensagens: 18
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Re: Tarola: a sua evolução
Adoro a tarola e gosto muito de a tocar na bateria........
Sempre quis saber o verdadeiru sentido de tarola..... OBRIGADO |
Seg, 6 de Setembro de 2010 | #4 |
Membro desde: 14-Jan-2010
Local: lisboa
Mensagens: 107
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Re: Tarola: a sua evolução
Óptimo post!!
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Ter, 7 de Setembro de 2010 | #5 | |
Membro desde: 1-Mar-2010
Local: Braga
Mensagens: 872
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Re: Tarola: a sua evolução
Citação:
Obrigado!!!
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rock on!\oo/ |
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Ter, 7 de Setembro de 2010 | #6 |
Membro desde: 26-Mai-2010
Local: Taipas
Mensagens: 1.915
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Re: Tarola: a sua evolução
Boas nut,
Excelente partilha!!Obrigado camarada. Abraço
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[ex-cyanide] |
Seg, 27 de Setembro de 2010 | #7 |
Membro desde: 19-Set-2010
Local: Lisboa e Castelo Branco
Mensagens: 728
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Re: Tarola: a sua evolução
Muito interessante.
Eu tinha apenas a ideia que a tarola era quase como é nos dias de hoje, excepto o facto de hoje em dia serem de configuração mais acessível, e também os materiais não serem tão modernos. Se tivesses colocado o tópico á mais tempo talvez tivesse mais dois valores no trabalho de Organologia... Abraço! |
Ter, 28 de Setembro de 2010 | #8 |
Aguarda confirmação de email
Membro desde: 6-Ago-2009
Local: leiria
Mensagens: 158
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Re: Tarola: a sua evolução
No grupo de percussao a que pertenço, ainda utilizamos as caixas tradicionais( sendo mais recentes mas tem as linhas tradicionais) as caixas do grupo sao todas em madeira, as peles de origem animal como antigamente, agora nao em lembro de que animal sao retiradas, penso que seja de animais tipo ovelhas, os bordoes ainda sao de tripa animal.
abraço |
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