Debate: Quem usa baterias electrónicas em vez de acústicas em concertos/eventos ao vivo?

[joe]

Boas pessoal,

alguem toca com bateria electronica ao vivo?
Que tipo de projecto têm e que tipo de som tocam?
Resulta tocar com electronica? Como e porque? Qual o modelo que utilizam?
Porque é que preferem em relação à acustica? Nunca é a mesma coisa...
Abraço!
Joe

[JoãoCampos]

Eu nisso sou um bocado "formatado". Sou conservador nessas coisas, antiquado. Bateria acústica, madeira. Electrónicas, acrílicas, passa-me tudo ao lado (inquestionável a sua qualidade).
Sou da opinião que bateria electrónica é para estares em casa a tocar sem incomodar ninguém. Se tiveres um bom módulo tens ali um som de topo, sentes-te um génio num palco com milhares de pessoas. Bateria electrónica é..."giro" para bares, na medida em que consegues um som de "mini" palco muito mais limpo. Estás a tocar muito alto?Fader do volume para baixo.
Agora de salientar que ultimamente já ha casos em que cds sao gravados com electrónica (o que me mete MUITA confusão), como é o caso de salvo erro, Donna Maria (mas sem certezas, ouvi falar). Acho que ha boas baterias electrónicas, já tive a oportunidade de tocar em rolands topo de gama, cheias de sensores, que só não tiram cafés. Tambem em Fame... e o mundo electrónico das baterias nunca te vai oferecer o mesmo nivel de sensibilidade músical e até mesmo técnica que te oferece uma bateria normal. Isto porque:
porque não se compare o "toque" da pele verdadeira, o próprio ressalto da baqueta,a maneira como agarras os pratos, tanta coisa... Apesar de já haverem sensores de intensidade nos pads, teres a noção de como se comporta uma bateria "a sério" é muito importante.
Arrisco-me em dizer que em situações ao vivo baterias electrónicas são muito descriminadas (ou não). Por alguma razão técnicos de som ficarão a olhar para ti a rir-se se levas uma electrónica para uma gig.
Repara, vantagens duma electrónica: controlo de som. Se estás num grande palco, aberto, a tua bateria até vai ser amplificada, isto porque o seu som se vai perder todo. Aí a nivel de controlo de som, não ha grandes problemas (no máximo metem-te uma parede de acrílico para controlar melhor o som de palco).
Foi um desabafo

[Nelson Carreira]

Mensagem Original de kiD!

Eu nisso sou um bocado "formatado". Sou conservador nessas coisas, antiquado. Bateria acústica, madeira. Electrónicas, acrílicas, passa-me tudo ao lado (inquestionável a sua qualidade).
Sou da opinião que bateria electrónica é para estares em casa a tocar sem incomodar ninguém. Se tiveres um bom módulo tens ali um som de topo, sentes-te um génio num palco com milhares de pessoas. Bateria electrónica é..."giro" para bares, na medida em que consegues um som de "mini" palco muito mais limpo. Estás a tocar muito alto?Fader do volume para baixo.
Agora de salientar que ultimamente já ha casos em que cds sao gravados com electrónica (o que me mete MUITA confusão), como é o caso de salvo erro, Donna Maria (mas sem certezas, ouvi falar). Acho que ha boas baterias electrónicas, já tive a oportunidade de tocar em rolands topo de gama, cheias de sensores, que só não tiram cafés. Tambem em Fame... e o mundo electrónico das baterias nunca te vai oferecer o mesmo nivel de sensibilidade músical e até mesmo técnica que te oferece uma bateria normal. Isto porque:
porque não se compare o "toque" da pele verdadeira, o próprio ressalto da baqueta,a maneira como agarras os pratos, tanta coisa... Apesar de já haverem sensores de intensidade nos pads, teres a noção de como se comporta uma bateria "a sério" é muito importante.
Arrisco-me em dizer que em situações ao vivo baterias electrónicas são muito descriminadas (ou não). Por alguma razão técnicos de som ficarão a olhar para ti a rir-se se levas uma electrónica para uma gig.
Repara, vantagens duma electrónica: controlo de som. Se estás num grande palco, aberto, a tua bateria até vai ser amplificada, isto porque o seu som se vai perder todo. Aí a nivel de controlo de som, não ha grandes problemas (no máximo metem-te uma parede de acrílico para controlar melhor o som de palco).
Foi um desabafo

Devo confessar que a uns anos atrás, pensava exactamente da mesma forma do que tu. Opunha-me completamente às electrónicas, e achava que eram apenas uma forma de remediar aqueles que por viverem em apartamentos não podiam ter uma acústica, ou aqueles que eram demasiados preguiçosos para levar acústicas para os concertos.

A uns 3 anos atrás, a sala de ensaio da minha banda foi assaltada, e roubaram-nos uma boa parte do material. Como ficamos sem confiança para deixar lá o que sobrou, fomos ensaiar para o estúdio caseiro de um familiar de um dos meus colegas de banda, sendo que a bateria que ele tinha lá eram uma TD-20. Primeiro, quando soube que ia ter de ensaiar durante uns tempo numa electrónica, engelhei o nariz, mas quando soube que era a topo de gama da Roland, pensei que afinal, se aquilo custava praticamente 6000€, não deveria ser tão mau assim!

Simplesmente, à medida que fui tendo tendo contacto com ela, e fui explorando todas as suas potencialidades, rendi-me às suas potencialidades. Ao início não gostei muito, mas depois de ter tempo para configurar o kit todo à minha vontade, a coisa mudou completamente. Os pads têm multiplas zonas, e depois de configurar a sua sensibilidade e threshold à minha maneira, ficaram perfeitos. O mesmo com o bombo, e apenas os choques deram um pouco mais de trabalho para ficarem tal e qual como queria. Os sons no módulo da TD-20 são imensos e de extrema qualidade, e a configuração de kits personalizados quase nem tem limites. Por outras palavaras, depois de perder uns tempos a ajustar tudo como queria, ficou praticamente perfeita. O bombo e os timbalões ficaram perfeitos, e confesso que apenas nos pratos não consegui ter um feeling 100% real. Mas estou curioso para experimentar aqueles novos pratos electrónicos em metal, que parecem mesmo acústicos, talvez façam a diferença. O que eu quero dizer é que é totalmente diferente experimentar uma vez uma boa electrónica em casa de um amigo, numa loja, ou numa feira, ou ter um contacto a tempo inteiro com uma. É necessário perder tempo a configurar e passar a conhecer muito bem as suas potencialidades e funcionalidade para poder formar uma opinião completa.

Resumindo, eram um tipo que tinha uma aversão a electrónicas, e depois dessa experiência fiquei completamente fã, pela versatilidade, e facilidade com que se adicionam sons alternativos e de percussão que não costumamos ter disponíveis na acústicas (a não ser que tenham um kit tipo o do Bozzio). Como tal, entrou definitivamente para a minha lista de compras, e só não comprei uma ainda porque de momento não teria oportunidade de lhe dar o uso devido, então prefiro esperar mais um tempinho.

Para treinar, ensaiar e gravar, a TD-20 é simplesmente perfeita. Ao vivo, provavelmente não usaria o kit completo, mas pelo menos 1 pad ou 2 passariam a fazer parte do meu kit.

Abraços

[João Almeida]

Comento apenas para o Bump, acho que este é um bom debate que ficou esquecido...e acho que andamos a precisar de topicos destes, pelo menos aqui niguem está mais uma vez a perguntar qual é a melhor marca de baterias (ufa).

Se tiverem algo a acrescentar...tive a ler os post's e estão muito interessantes...esta "guerra" da acusticas vs eletronicas é coisa que ainda á que falar...

Quanto a mim, antigamente electronicas, que me desaparecessem da frente, via-as como uma ameaça às acusticas...

Hoje, a vida mudou, a universidade só me deixa tocar bateria aos fins de semana, portanto, mais dia menos dia vou comprar a TD-4k, é para estudo, mas ando entusiasmado, cada vez mais vejo baterias electronicas com oum instrumento distinto das acusticas, e nao como uma alternativa para quem nao pode fazer barulho...a minha paixão fica com a acustica mas as electronicas são um mundo espectacular a descobrir!

abraços

[paRkiNson]

Só tive oportunidade de tocar num bicho eléctrico e sinceramente não gostei nada.
Provavelmente porque como explicou o Nelson não tive tempo suficiente para a configurar devidamente e tempo suficiente para me adaptar.

O que me meteu mais impressão foi o feel dos pads, o som ser monótono e a sensibilidade requerida ser completamente diferente.

Um amigo meu diz que quem toca mal, numa electrónica fica muito mais exposto.
Foi precisamente o que eu senti.
Meteu-me francamente muita impressão. As dimensões dos pads, as marretadas que lhe dava quando me entusiamava, o feel dos choques, o som dos pratos, que ainda por cima só tinham uma zona de sensibilidade, a falta do rimshot, toda a resposta que recebemos do instrumento é diferente e "adulterada"...

É claro que tem as suas vantagens.
Não desafina, não precisa de ser "micada", podemos mudar a afinação e toda a configuração do kit com um butão, é muito menos volume para carregar, e podemos tocar até às 8 da manhã sem a polícia nos vir bater á porta, que quanto a mim é o único aliciante deste tipo de instrumentos, principalmente para quem vive em meio urbano, mas também para quem quer chegar à noite a casa e permitir-se um momento zen sem acordar a famelga.

A bateria que experimentei julgo que era uma Yamaha DTXpress (ou Xplorer?), não era claramente nenhum prodígio tecnológico, acredito que haja baterias que simulem com muito mais precisão o instrumento real.

Mas também convém não esquecer isso, trata-se de uma simulação.

Como complemento ao kit acústico parece-me uma óptima ideia, mas como substituto, nem pensar nisso.

Electrónica é amor.
Acústica é sexo.

[potain]

tenho a impressao que ah um topico do genero nesta casa al qual ja respondi. mas va

pa eu toqueide 99 ate 08 em acusticas, nao tive nada de especial.

a primeira uma xpk que nem era minha. depois a minha rockstar e por fim a rfcaos.
tinha um set que me agradava e ja estava quase a meu gosto. maioritariamente sempre pimba foi aquilo que elas se habituaram a tocar.

depois disso por conveniencia, digo isto porque tenho um tecnico de som bom, e demorava sempre mais de meia hora a fazer som, ja nao falo em montar tudo lalalala.....

tive uma propsota de comprar uma edrum, comecei por procurar as td20 usadas, mas como nao havia nada parei numa td10. a escolha caiu em cima dela muito por causa de ter 8 saidas independentes, que eu tinha como obrigacao. eu toco com edrum mas o som e as vias na mesa de FOH sao as mesmas, alias ate sao mais.

o verao de 2009 fiz a tocar com a td10, sou sincero fui buscar a td10 a uma quarta feira e tive logo baile ao sabado, ainda por cima dentro de um pavilhao. acabei com uma dor no lombo, era tudo diferente mas o bombo muito mais. passado isso apenas lhe via um defeito, era ter os pratos em pad.

mas falando da forma como tocava, tenho um multicanal meu de 12 vias, usava tudo separado

1. bombo
2. tarola
3. tom1
4. tom2
5. tom3
6. tom4
7. hh
8. cymbals
9. spds r
10. spds l
11. vsti pratos
12. vsti tarola

lutei para ter cy, ja consegui poupar para 2 actualmente nao quero outra coisa e so vou lutar para depois de ter os cy arranajr outro modulo que suporte mais funcionalidades. usava vsti para tarola por uma questao. quando mais desenvolvida a bateria mais probabilidades temos de ter bom som, mas tambem facilmente confioguramos mal as sensibilidades. e os sons de tarola, no pa ficam estranhos. por isso usava tarola de vsti para a rua.

mas sempre que algum puto fala comigo,que quer uma drum, pa eu recomendo electronica, sei que se perde aquela coisa do instrumento classico, do ruido acustico, disto e daquilo, maso som, a qualidade, ter uma badna e poder gravar na boa sem problemas de micros e grandes mesas.

so vejo vantagens, mas claro aceito quando me dizem que nao presta, mas antes quero que metam os hpones e toquem na minha, nao tenho anda de especial, mas ate agora nao tive nenhum que permanecesse com a mesma ideia.

[jamiro]

Bem, eu tenho as duas .
Infelizmente são ambas de gama baixa:
Acustica: Pearl Target ( os pratos quase todos de gama alta)
Electronica: Millenium MPS-100

Como vivo num prédio para praticar adoro a minha millenium, serve para treinar tecnica, tirar musicas, estuda-las , pois tem metronomo e posso ligar-lhe o ipod .
Os contras é que ha coisas que a MINHA e-drum nao faz, tocar no aro da tarola, rufar nos pratos, e até mesmo o ataque de uma acustica n tem nada a ver com a e-drum.

1- Conclusao para estudo a e-drum pode ser melhor no geral .

MAS, ao vivo é outra coisa . Não gosto de ver e-drum ao vivo, se vamos para um espectaculo é porque temos ou têm PA , logo podemos micar e equilibrar a bateria acustica, e como é logico, a acustica tem uma presença muito maior a nivel visual !

Só "aceito" a e-drum em espectaculos de percurssão juntamente com dj's como se costuma ver em algumas discotecas , como se usa sons diferentes , é provavel que a e-drum seja mais versátil para o respectivo espectaculo.

2- No final de tudo, nao consigo escolher qual a melhor , mas para espectaculos é sem duvida a acustica .

Abraço

[Rokaz]

infelizmente uso uma roland nos gigs porque ainda nao há dinheiro para uma acústica, mas sem dúvida que uma acústica é a derradeira. por muito boas que estejam as baterias electrónicas nunca nos irão dar aquele feeling, aquele rim shot que quase fura o tímpano

[hlw]

Boas!

Eu já tive algumas acústicas até que optei por trocar por uma e drum.
Podia ter optado por esperar um pouco mais e comprar a electrónica sem ter que vender a acústica que tinha, no entanto não o quis fazer.
Não o quis fazer porque sempre me pareceu um mau investimento ter a acústica parada, pois em casa é muito melhor para não chatear ninguém usar a electrónica e para gigs também, porque um dos motivos pela qual comprei foi pela facilidade de transporte e simplificação do processo de fazer o som.

Trabalho com crianças bem pequenas e estou todo o dia a baixar-me e constantemente estou mal sentado, o que se reflecte directamente na saúde das minhas costas. Este factor fez-me avançar para a substituição de uma acústica que tinha ( e gostava bem dela) por uma electrónica.

A minha banda tocamos todo o tipo de música. Pimba para bailaricos e pop-rock para bares.

Resulta perfeitamente tocar com uma electrónica . Uso um combo meu atrás da bateria que me serve de monição e para além disso envio o sinal também para a mesa.
Utilizo uma roland td-9 kx e estou satisfeitíssimo.

Prefiro em relação à acústica porque a meto toda na mala de um 106, monto-a em 2 minutos. ( Demoro quase o mesmo tempo que o meu baixista e guitarrista com as pedaleiras e cabos...)
Poupo imenso tempo no som, mesmo muito, até porque reduzi para uns míseros 5 minutos fazer o som da bateria.
Outro aspecto que gosto da digital é uma imensidão de sons e efeitos que consigo ter ali à distância de um dedo sem ter que andar com tralha atrás. Paus de chuva, bongos, chimes, pandeireta, metalofones, vimbrafones são alguns exemplos.

Quanto ao não ser a mesma coisa, concordo plenamente. Nunca poderia ser a mesma coisa até porque uma acústica oferece coisas que uma electrónica não me pode oferecer MAS... uma electrónica também me oferece coisas que a acústica não consegue... e eu prefiro as coisas que a electrónica tem para me oferecer.

Um abraço

[Freddy]

Oi!

Para quem quiser comprar uma bateria e não ter problemas com os vizinhos.

Posso dizer por experiencia que 2Box é uma muito boa escolha.

Não é muito comercializada em Portugal.
http://www.2box.se/Pages/drumit_five.html

Tem um som muito bom e para treinar em casa é do melhor...