Emoçôes

[LEONEL RODRIGUES]

xxxxxxxx

[Luis Sousa]

Mais um post que dá que pensar!

Muito bom camarada!

Cumps

[João Isaac]

Eu acho que tocas nuns pontos bastante interessantes realmente. Concordo plenamente que as sensações são algo precioso que o ser em si tem, sem emoçoes que seria de nós? Robos certamente que é o mais parecido como Caso 2. Eu concordo mais com o Caso 1, nós aprendemos a tocar primeiramente porque o tocar um instrumento traz-nos emoções e não porque é "cool", acho que para ser-se um grande baterista, para além de ser um óptimo tecnicista é preciso conseguir transmitir as suas emoções para a bateria. Vê-se muitos bateristas que tocam tudo tão "severamente" que a bateria passa de um instrumento para uma cena tipo metronomo, não nos esqueçamos que a bateria além de marcar o tempo é tambem um instrumento tal como a guitarra, não sei se me faço entender. Já vi solos em que o bateristas não estava inspirado e então sente-se que falta ali qualquer coisa por mais complexo que seja, mas também já vi solos bem simples mas que tocados com intenção e sentido o que se está a tocar, que foram muito bons.

Eu concordo mais com o Caso 1, acho que além de ser bom tecnicamente é preciso sentir e gostar do que se tá a tocar, é preciso sentir emoçoes e "vibrar" com o que se tá a tocar, pois se somos como no Caso 2, mais dia menos dia fartamo-nos.

Isto é a minha opinião...

Abraço pessoal!

[enes]

eu acho que temos que ter as duas coisas... passo a explicar...
acho que nenhum bateristas começou logo a ter aulas antes de ver uma bateria, quero dizer com isso , primeiro autodidacta... depois com todas as emoçoes que temos perante o nosso instrumento queremos aprender mais e daí sim ter aulas.
quantos ja viram terem aulas e desistirem ?
pois eu fui um d´eles.
depois com o passar do tempo é que resolvi recomeçar a ter aulas..... faltava- me umas coisas !
ao fim de algum tempo , apercebi-me que na realidade faltava-me MUITAS COISAS ! E CONTINUAM A FALTAR !

depois ha aquela cena de :
sermos bateristas virados para pautas.... só com pautas.... percebemos potes de leitura...potes de rudimentos.... potes de tudo ...
pedimos para fazer um solo/ improvisaçao..... e nao vemos nada.... só se fosse um solo com pauta !
esses bateristas têm tudo menos aquele toque magico de baterista.
obviamente que na escola ( baterista ) tambem aprendemos o sentido de improvisaçao, mas qué ? duas horas ? e passa a cena seguinte ?

com tudo isso quero dizer que:
MESMO TENDO AULAS DE BATERIA COM ALTOS BATERISTAS---- TEMOS QUE SER AUTODIDACTAS !

[serrinha]

Ora boas,

És do caraças Leonel... Tocas em cada ponto...

Bem, respondendo, para mim o sentimento é tudo, com ou sem aulas, o sentimento é tudo!

No caso 1, embora o baterista não tenha aulas, aquilo que ele sente quando toca vai fazer com que ele queira fazer mais, e daí vai surgir uma evolução e quiçá a necessidade de aulas...

No caso 2, o que vamos ter é um robô... e por muito bom que seja...

Sentimento pessoal, sentimento...

Abraços

[JoãoCampos]

Gostei de ler.
Tenho um pensamento semelhante, mas no que toca ao "dom".
À quem diga que é uma treta, mas o que é facto é que à bateristas por natureza, e à bateristas por esforço.
Eu dou aulas a uma data de pessoal, principalmente putos, e ainda no outro dia estava a comentar com um amigo , também meu aluno mas dos mais crescidos (que tem esse dom) que havia lá miudos que por muito que tentassem, e por muito que se esforçassem, nunca chegariam lá. Porque há algo em nós que transcende o estudo.
Nos meus primeiros anos de aprendizagem lidei com uma grande pessoa, guitarrista por quem tenho a melhor consideração, e que até dominava muito o instrumento, mas faltava-lhe "aquilo" : faltava-lhe por exemplo, o ouvido, faltava-lhe capacidade de improvisação , faltava-lhe, agora sim, o sentimento / emoção . Tudo o que fazia era somente mecânico. Não tinha o dom, e não tendo, bem que se pode esforçar o resto da vida... há pessoas que nasceram para a música, outras para o futebol, outras para o design. E isso verifica-se muito até na capacidade e facilidade que se tem em aprender. Pessoas sem "isto" geralmente demoram mais tempo a interiorizar exercícios, a apanhar as cenas porque não respiram "ritmo".
E isto, acho muito ligado ao teu post das emoções, porque acabas por tocar muito nestes dois pontos, mas subentendendo que são bateristas com o tal "dom", mas que ou são emocionais ou extremamente técnicos.
Em termos práticos, sem dúvida que o melhor é um misto dos dois.

Frequentemente acontece-me algo , geralmente junto com o meu (grande grande) baixista que é algo a que chamamos (e peço desculpa) "Orgasmo Musical" , que é o culminar de muitas emoções que naquele momento te partem todo, ou por estares a executar um excelente groove, ou porque a música te está a tocar de alguma maneira, ou até porque o público te exalta de uma maneira tão fervorosa que apenas deixas fluir.


São sentimentos do caraças!

Um grande post!

Cumprimentos

[kosh]

Muito bom post. Ora bem, eu acho que deve haver um bocado dos dois. Afinal, a técnica pode ajudar e ajuda a exprimires-te melhor. Sem técnica, há coisas que gostarias de fazer, que sentias que tinhas de fazer, mas que não consegues mesmo atingir...

No entanto, entre os dois casos, prefiro de longe o segundo caso. Adoro ver o Jojo Mayer tocar: é um excelente exemplo de uma gajo que tem técnica excepcional e que se nota a sua paixão ao tocar, sempre a fazer 'caretas'...

Quanto ao dom: sim, existe. Qualquer pessoa consegue ser boa tecnincamente num instrumento (é puro trabalho e paciência) mas para se ser grande baterista e músico, é preciso nascer com alguma coisa de diferente...

[Carlos Ramos]

Como costumo dizer. triste é não ter ideias e nao saber o que fazer. mas mais triste ainda é ter as ideias e não as conseguir por em prática....
é obvio que quem nao tem ideias mas consegue tocar bem... o melhor é dedicar-se á pesca....

[LMCardoso]

Para mim, nem só de técnica vive o baterista, há um conjunto de outros factores que tem de ter. Emoção/ sentimento é uma delas, se um baterista está ali, com cara de ''enjoado'' (friso, na minha opinião) condiciona logo o trabalho dele e o da banda, o público há de pensar: ''Bem, aquele parece que está ali a tocar obrigado''. Há que sentir aquilo que se toca, viver a música.

Viva o GROOVE !

[ABREU]

feel the beat

[João Cabrita]

Eu valorizo o feeling, groove e musicalidade.
A técnica é somente um meio.

Acho que o defeito de muitos bateristas é quererem mostrar numa musica tudo o que sabem tecnicamente.
A título de exemplo, o Dave weckl tocou com a Madona (entre muitos) e tocou também com o Chick Corea. Reparem na abordagem completamente diferente que ele tem nas duas situações.

O expoente de feeling para mim talvez seja o Steve Gadd. Utiliza a tácnica sim mas como veículo para expressar o sentimento.

[warlike]

Claro. Se gostas da mulher e estás casado com ela, tudo bem. Senão, andas a sofrer. Ou então estás casado com a pior mulher do mundo.

[Afonzo]

Sou autodidacta, transmito o que sinto com erros e sem técnica!
Mas transmito, mas também vejo muita técnica, em muito baterista que não me diz nada!

Bom post Leonel!

[Bernardo]

Belo ponto que tocas Leonel, óptimo post!
Eu tento (e consigo, digo eu) complementar o caso 2 (dado que tenho aulas) com a parte do caso 1 da emoção/sentimento pela música e pelo instrumento!
Acho que isso é que nos mantém com aquele feeling , aquela pica , para tocar bateria!
O batuque sempre no pensamento .. Aquela persistencia de atingir o objectivo de evoluirmos a cada dia que passa, sempre com força!

[jayfox]

Fogo isto da mesmo que pensar...