Citação:
Mensagem Original de Miguel Martinho
Qual a diferença entre uma bateria com o grão da madeira na vertical ou na horizontal?!
Isso nota-se assim tanto?! Não me parece... mas pronto, eu acho que sou pouco exigente.
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A questão do grão da madeira já foi muito batida, e sim, faz muita diferença. Basta fazeres uma pesquisa aprofundada acerca dos cascos VLT da DW. Há um vídeo onde o John Good demonstra a diferença entre um casco com grão vertical e grão horizontal, e um casco com o grão em X, para permitir que todos os ply fiquem com o grão aproximadamente vertical.
Como devem saber, a madeira é um material isotrópico, com uma velocidade de progagação das ondas sonoras diferente dependendo da sua orientação em relação aos veios. A velocidade de propagação influencia directamente o timbre, e assim torna-se possível modelar a tonalidade do timbre do casco com a simples orientação das lâminas de madeira.
A Sonor também andou nesse campo experimental da utilização do grão vertical. Para comprovares a diferença, basta comparares uma tarola tipo stave (com o grão vertical) com uma segment ou steam bent. A diferença existe e é notória, pelo menos para os bateristas que não são de ouvido duro. A busca do som ideal é assim mesmo, um caminho longo e sinuosos.
Agora uma perguntinha minha para o Pipó:
A única coisa que me intriga, é se tendo em conta que a bubinga tem um timbre mais grave, e o birch mais médio agudo, o porquê de utilizares birch no bombo e bubinga nos tons? Eu provavelmente teria feito a escolha exactamente contrária de utilizar bubinga no bombo para um grave acrescido, e birch nos toms para um som mais equalizado... Ou então teria escolhido bubinga para tudo, tendo em conta que sou adepto de um som mais para o grave, e ajudaria a dar corpo a esses toms mais curtos...
Abs