Vamos então por partes
Novas tecnologias
Não acho que sejamos descartáveis nesse sentido de sermos passíveis de substituição por um japonês pequenino. Se ultrapassámos a década de 80, então acho que resistimos a tudo.
De qualquer modo, acho que temos é de nos fazer valer por aquilo que um músico pode de facto dar mais e que nenhuma máquina pode.
Eu acho que não ajuda nada esses milhentos bateristas que tocam todos com o som igual ao X e ao Y e que após produção ficam com o mesmo som ultracomprimido e sem dinâmica (sim, já me falta pachorra para ouvir muita música recente por causa disto mesmo).
MÚSICOS
Por acaso aqui discordo um pouco de ti. Acho que há DJ que realmente fazem coisas passíveis de ser chamadas "tocar". Recordo-me dum tipo que fez a primeira parte dos Radiohead no Coliseu, por exemplo, e que gostei bastante do que fez; não foi passar música pré-gravada, muitos dos efeitos e ritmos fê-los ali mesmo.
Por acaso, em Espanha não se diz que os DJ vão tocar; aqui diz-se que vão "pinchar" música.
ENSINO/APRENDIZAGEM
Excelente mensagem, a de se experimentarem várias coisas para abrir horizontes. Se eu desse aulas e me aparecesse algum aluno a dizer "só quero tocar rock, passa-me só cenas de rock", eu dir-lhe-ia que era um mau princípio. E depois emprestava-lhe uma série de discos de rock com ondas muito diversificadas, desde Morphine a Soundgarden, para ver como é importante ter umas luzes sobre outras áreas musicais.
COMPRAS
Totalmente de acordo. É preciso ter mãozinhas para a máquina que se toca, e é mais importante o primeiro substantivo da frase (as mãozinhas) do que o segundo (a máquina).
Se arranjasse forma de gravar em vídeo, participaria de bom grado em tópicos com apresentação de ideias rítmicas e afins. Ainda hei-de experimentar a minha máquina fotográfica compacta, a ver se aguenta.