Citação:
Mensagem Original de Miguel Martinho
Pois, é isso mesmo: reactores de fusão (mas acho que ainda está em testes).
|
A fusão nuclear é exactamente o oposto da fusão, embora ambas tenham o mesmo resultado para nós.
Na fissão desintegramos os átomos pesados, Uranio/Plotónio por exemplo, criando elementos mais leves e mais radioactivos, e aproveitamos a energia da sua desintegração para aquecer água e fazer girar turbinas, produzindo electricidade. É tudo bastante seguro com a tecnologia de hoje, e infelizmente ainda se preferem as centrais a carvão e gás à energia nuclear de fissão, embora morram todos os anos mais pessoas graças à poluição gerada pelas fontes de energia fóssil do que as que já morreram na história inteira por acidentes nucleares... mas isso já é política.
Na fusão nuclear faz-se o oposto da fissão. Pegam-se em dois elementos muito leves e juntam-se utilizando energia e formando um mais pesado. A forma mais simples de o fazer é imitando a reacção nuclear que se dá no sol, misturando hidrogénio simples com calor e obtendo hélio simples e mais calor ainda, e novamente, aproveitando esse calor temos electricidade/energia.
O senão está em obter o lucro energético, já que em pequena escala a fusão é bastante simples, pois é facil ceder grandes quantidades de energia a poucos átomos e obter o efeito desejado. O problema é que a quantidade de energia obtida é inferior à gasta, e apenas teriamos lucro se tudo isto acontecesse numa escala tão grande que a energia produzida na primeira reacção fomentasse a segunda, e a segunda a terceira, e por ai adiante, e entretanto as sobras fossem suficientes para compensar a primeira reacção e ainda pagar toda a construção em termos energeticos e obter electricidade barata. É teoricamente simples até, o único problema é que na prática ainda não conseguimos construir reactores suficientemente grandes para a reacção dar esse "lucro", pois a temperatura que se atinge no seu interior é de tal ordem que qualquer metal convencional não se derrete... desintegra-se...
De qualquer forma é uma tecnologia em estudo que se espera que traga bons resultados no futuro, embora a meu ver já se deva ter investido mais noutras tecnologias bem mais simples, baratas e seguras, como as ondas....
Só a energia das ondas que embate nos Açores era suficiente para abastecer a península ibérica inteira, mas novamente as políticas não deixam o mundo avançar...
De resto, vi o documentário, já conhecia o projecto vénus mas fiquei a conhecer melhor. Ao fim e ao cabo é uma forma de propagandear a tecnocracia misturando-a com um pouco de socialismo, e a meu ver baseia-se nas falácias de qualquer outro sistema, mas a verdade é que é para a tecnocracia que caminhamos, embora a passo lento, mas devagar se vai ao longe...
De resto, umas das vantagens mais óbvias deste sistema, e que nos pode deixar totalmente descansados aqui no bateristaspt, é que a necessidade do humano trabalhar é altamente reduzida, deixando-nos mais tempo para apreciar as boas coisas da vida e ser apreciado nelas, como a fazer música nas nossas baterias
