Re: onde foi a qualidade musical
Vou dar aqui uns exemplos acerca da boa e má musica consoante os momentos:
Há uns anos atrás, havia uma ideia bastante generalizada que o pop do Michael Jackson era fatela, era POP (este estilo sempre teve conotação negativa), logo, era mau.
O MJ morreu e a ideia geral mudou. O tal POP fatela do MJ afinal é boa música, aliás, a música do MJ virou em 2 dias do "pop fatela" para o "pop genial".
Há uns anos atrás, Scorpions era uma coisa quase comparada ao pimba. Scorpions era muito fatela e quem ouvisse scorpions era um betinho, um fatela, um gajo sem bom gosto, etc.
Scorpions acabaram e afinal, afinal, eles até nem eram maus e faziam malhas do caraças.
Bon Jovi há uns anos eram vistos como mais uma banda para putos e para as pitas. Eles renovaram a imagem, continuam a tocar o que tocavam há 20 anos atrás, no entanto, no ano passado foram a banda mais rentável e mais bem sucedida do mundo. A malta deixou de ter vergonha de dizer que ouvia Bon Jovi e eles deixaram de ser uma banda das pitas para passarem a ser uma banda de qualidade.
Mas continuam a tocar as mesmas músicas que tocavam há 20 anos.
(Só um aparte, o Tico Torres é uma das minhas influências bateristicas e também foi por causa de dele que o bichinho da bateria nasceu para mim).
Exemplos portugueses:
Carlos Paião era até há uns anos atrás um género de pré-pimba. Um artista popular das festa da terriola e que fazia umas músicas engraçadas mas sem valor.
Entretanto, veio esta época do revivalismo e alguém se lembrou de relembrar Carlos Paião. Hoje em dia ele é visto como um artista de qualidade e um dos mais criativos dos anos 80 em Portugal.
AH! E era o gajo que foi ao Eurofestival cantar uma música chamada "Playback" e vestido de uma maneira esquisita.
António Variações era visto como um "abixanado" que fazia músicas populares e más.
Hoje em dia até bandas de tributo a tocar no coliseu fazem.
Ora... afinal, quem é que decide se é bom ou mau?
Última edição de Miguel Martinho : Qua, 19 de Janeiro de 2011 às 16:37.
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