[paRkiNson]

Boas!

Eu não vejo os rudimentos ou não os encaro dessa forma (tentar posteriormente transforma-los em batidas).

É claro que podes pensar assim, mas transpor simplesmente o rudimento para as várias peças e fazer disso uma batida parece-me uma forma limitada de pensar.

Encaro-os antes como exercícios de independência ou esquemas mentais, sequências de batidas, que depois de dominar tento enquadrar nos meus ritmos ou fills.

Um simples paradiddle ou só os triplets abriram-me imensas portas em termos de "desenvencilhamento".
Um gajo a tocar 4/4 por exemplo, no início a tocar aquelas cenas mais básicas, habitua-se a terminar os fills sempre com a mesma mão (direita, se for destro).
A tocar em ternário por exemplo aprendes a iniciar/terminar o compasso com mãos diferentes.

A mim por exemplo confundia-me ter de terminar um fill com a esquerda...precisava de pensar.

As cadências (RL LR LF FR etc etc) próprias de cada rudimento acabam por te entrar na cabeça e "aparecem" cada vez que tentas inventar algo novo e consegues complicar, arriscar mais sem perder a fluidez do ritmo, ou sem te espalhares ao comprido. Dá-te mais segurança, é uma espécie de ferramenta mental.

Mais do que esquemas musicais, rítmicos, encaro-os como esquemas físicos, cadências mecânicas, o que alguns apelidam de chops ou licks ("pedaços" ou "retalhos") que tento incluir e enquadrar nos ritmos que faço.