[Paulo Miranda]

Pessoalmente optava pela colocação #3, com os microfones à frente da Bateria. Prefiro gravar a perspectiva do ouvinte e não a do baterista pois entendo que faço gravações para ouvintes comuns e não para bateristas.

Portanto, com esses dois microfones, colocava-os à frente da Bateria, virados para o baterista, na perspectiva do "espectador".
Não me ia preocupar muito com "abertura stereo" uma vez que são dois microfones diferentes. Qualquer que seja a panorâmica estereofónica que faças com eles, vai haver um desequilíbrio pois são muito diferentes.

Em primeiro lugar, parabéns pela escolha do RB100. É bom.
Procura na net a empresa sueca Lundhal, encomenda-lhes um transformador de impedância para esse microfone e substitui o original. Vai ficar excelente!

Experimenta com um microfone acima do outro, em que um deles fica mesmo à frente do Bombo mas a cerca de um metro. O outro não coloques muito acima dos pratos. Esquece o conceito "over head" e trabalha com o segundo microfone à frente dos pratos, ligeiramente acima ou abaixo, ou mesmo à altura média dos pratos. A distância também deve ser a mesma que usares para o primeiro microfone.

Qual deles deves colocar à frente do Bombo? Não sei. Não conheço o C1, nunca usei.
Mas faças o que fizeres não coloques o RB100 muito perto do Bombo pois o som é capaz de rebentar a fita do microfone.

E podes gravar a Bateria com um excelente som só com um microfone Omnidireccional. Claro que fica mono mas, no geral, resulta em som muito equilibrado. Basta colocar o Omni por cima do Bombo, mais ou menos entre as pernas do baterista. O ponto mais central possível.

No album do Tiger Man, o primeiro tema foi um improviso. Ele e o harmonicista tinham-se conhecido há uns 20 minutos, estavam a conversar e às tantas começaram uma "jam" só para aquecer. Eu nem estava com eles na cabine e de repente notei que aquilo se começava a parecer com música... fita a rodar... REC!
Foi um acaso!
O micro da harmónica deve ter sido um M88 da Beyer, não me recordo bem.