[Diogo Pereira]

Boas

Os meus 2 cents:
- tendo em conta que os objectivos desta battle, no meu ver, seriam não fazer muito má figura e conseguir acompanhar o Bada, posso considerar que nem sei se os cumpri. O Rui (porque é o nome dele!) revelou-se um grande músico. Já tinha visto vídeos e o homem ao vivo, já aprendi com ele no workshop de Braga e sempre me perguntei quão longe ele conseguiria ir se alguém puxasse por ele. Pois bem, deu para perceber que ele consegue realmente transcender-se e penso que os vídeos não farão grande justiça nesse aspecto.

Considero que presenciar a forma como alguém toca bateria é a melhor forma de perceber o quanto essa pessoa toca ou não. Já presenciei gajos que em vídeo ou em estúdio soam de uma forma bem mais competente que ao vivo. No caso do Rui acontece o contrário. É ao presenciar que se percebe a qualidade dele como baterista e como músico. Nada de engraxar o homem, mas ele toca nas horas. A própria pancada tem que se lhe diga, só vendo mesmo. Felizmente já presenciei (ainda que nos outros estilos) situações semelhantes mas lá está, nunca tão diretamente como numa battle e isso é capaz de ser um dos maiores desafios como músico/instrumentista.

Em jeito de addenda, numa battle, mesmo nesta, é suposto aluguém impor o ritomo e as descoordenações que se podem ver são precisamente sobre isso, quem fica "in charge". Ora fico eu, ora fica ele e acreditem ou não, foi tudo de improviso, sem ensaios nem coisa nenhuma (tirando o sound scheck). Tocar numa banda é canja quando comparado tocar com outro baterista. Experimentei e mostrem as vossas experiências tal como nós fizemos. A proposta mantém-se, agora somos nós quem quer ver!