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Não lido Ter, 20 de Setembro de 2011   #43
Diogo Pereira
 
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Diogo Pereira é uma jóia em brutoDiogo Pereira é uma jóia em brutoDiogo Pereira é uma jóia em brutoDiogo Pereira é uma jóia em brutoDiogo Pereira é uma jóia em bruto
Re: Qual a vossa opinião em relação a drogas nos concertos?

Boas

Quanto a este tópico, acho que há opiniões de extremos e poucas opiniões ponderadas. Já passe por uma míriade de situações em que os aditivos estavam presentes.

Sou consumidor activo de THC (erva, haxixe) e álcool. Já experimentei outras cenas também, desde MDMA a speeds, muitas vezes (e infelizmente) regados a álcool e com um "porro" na mão. Se já toquei sob o efeito? Já. E que tal? Bem, para um baterista e a julgar pelas tristes figuras (2 ou 3, mas suficientes para registo) feitas, não foi nada bonito de se ver.

Nesta história toda, considero que o álcool será a droga mais maléfica. Os movimentos, a coordenação, a hidratação, tudo factores extremamente importantes para nós, ficam seriamente comprometidos. Se disser aqui que já caí de um palco graças a uma garrafa de whisky no bucho acho que dá para perceber a ideia. Contudo, basta uma estação de serviço para poder adquirir a dita "droga" e ninguém te censura por comprares umas litradas de álcool que podem comprometer seriamente a tua saúde hepática, vascular, mental, muscular e o bem estar dos outros (conduzir sob o efeito de álcool, por exemplo). Até acham piada quando te vêem com os copos.

Charros também afectam assim, mas confesso que é bem mais perigoso 2 ou 3 whiskys antes de um concerto do que um charro. O que acontece com o THC, pelo menos comigo? Fico leeennnnntoooooooo e um pouco mais descoordenado.

Tudo tem o seu lado positivo e negativo. O perigo a meu ver está no dito "legal". Sou a favor da liberalização da cannabis e derivados, porque o mal não está na substância/suporte vegetal mas sim nas porcarias processadas compradas numa rua duvidosa. Se fosse legal, teríamos acesso a produto de qualidade e que, segundo estudos comprovadíssimos, até sugerem efeitos benéficos. O estado ia buscar mais uns trocos a um negócio que movimenta milhões, em impostos, em vez de sacar ao bolso dos contribuintes, são várias as benesses na minha óptica. Contudo, acredito na liberdade de escolha e quem não quer/gosta, nada contra. Agora virem com falsos moralismos para quem consome, nada disso!

Posto isto, sim, apanho as minhas bebedeiras e charrices, deixei-me de sintéticos, mas aprendi às minhas custas que só após um concerto é que há espaço e tempo para esse "lazer". Como em tudo na vida, há que ter regra e só depende de nós estipular os limites. Quem não é capaz, que não se meta!

Avé!
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