Vamos lá a ver se não me falha nada...
Assim que cheguei ao estádio ia morrendo: fui comer uma pizza antes de entrar, e deixei os bilhetes (para o relvado) no tabuleiro
, mas com calma (e coragem para procurar no lixo das senhoras da limpeza) lá os encontrámos.
Fui escandalosamente apalpado (em todo o sítio, só faltou enfiarem-me o dedo no rabo - não faltou assim tanto para isso acontecer, lamentávelmente). Depois, lá entrei. Um palco impunente, um P.A. que envergonha qualquer festival de verão, e uma regie que metia dó pela apresentação, organização, espaço e tamanho.
Dei uma volta pelo relvado (isto por volta das 18h30), e já havia almas em estados vergonhosos. Depois fui para perto da plataforma dos confetis (para terem uma ideia, estava atrás da boneca insuflável que apareceu os ecrãs).
Vicious 5: som menos mau, banda fixe, presença aceitável
Mundo Cão: som mau, banda muito fixe, presença aceitável
(Queria fazer aqui um aparte para deixar uma opinião. Quando é que os organizadores deste tipo de espectáculos vão ganhar consciência e deixar as bandas 'pequenas' mostrar o que realmente valem? É impossível alguém elogiar a actuação das duas primeiras bandas, com a porcaria de som que tinham. Para quê ter tantos watts de som? Para serem usados durante 2 horas? Acho que as próprias editoras deviam ter a coragem de se impôr e defender os seus artistas! Se fosse eu a tocar, obviamente ficava feliz por estar numa situação daquelas, e de certeza que todos eles ficaram, mas é injusto para essas bandas não puderem usar o mesmo material que a banda principal. Com é obvio, uma pessoa que não conheça essas bandas, fica com uma impressão errada, e ainda por cima, muita gente não consegue distiguinr defeitos de 'música/músicos' e de 'material/técnicos/etc')
21h40 (EM PONTO): As luzes do estádio apagaram-se, e ia tendo um ataque cardíaco. Os painéis de leds acenderam-se, e desde aí até ao fim fui contagiado pelo ambiente que se fez sentir (
com menos ganza, também se assintem a bons concertos 
). Desde a locomotiva no palco, às chamas, à plataforma que elevou o Angus, aos confetis (que cairam MESMO em cima de mim e me arrepiaram das unhas dos pés à ponta dos cabelos), aos canhões, ao fogo de artifício, tudo, tudo, tudo estava perfeito.
Não apanhei um único erro que possa apontar, e venero os senhores, porque com 60 anos, tocar durante 2 horas,
com aquela energia, não é para todos.
Epá, não tenho realmente palavras para contar a quem não esteve lá como foi. Só digo (tal como disse ontem) que os 60€ valeram a pena, e fossem 120€ que também os tinha pago!
Gil