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Não lido Ter, 15 de Janeiro de 2013   #4
Loseless
 
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Re: Exorcismo às Fames

Essa parte era mais sarcasmo que outra coisa.

Vou ser franco: a questão das marcas a mim não me aquece nem me arrefece. Andei anos a tocar em coisas que envergonhariam latas de tinta e sempre me desenrasquei bem com elas. Desde que pudessem ser afinadas, a coisa marchava.

O meu principal critério para escolher uma bateria para tocar na rua é a solidez. Aros die-cast, cascos sem furos, Birch ou Maple (a última soa melhor ao vivo) e àquele preço.. Nenhuma marca oferece isto num orçamento tão baixo. 620€ por cinco peças de Maple com estes detalhes e um lacrado lindíssimo (roxo <3).

É que isto anda acima das MCX, das Select Force e de quase qualquer coisa que a Mapex faça. Temos que ir para as Renowns, Oak Custom e SC Performer para encontrar baterias com esta madeira e este acabamento. E isso surpreende-me imenso, ao ponto de querer testar.


Conheci este verão um dieb que trabalhava numa fábrica destas na Alemanha. Eles vendiam cascos à Sonor, Mapex, Premier, Fame, Millenium e uma carrada de marcas custom made. A partir do momento que ele me disse que a única diferença entre a as Meridian e as Fame era o lacrado, fiquei chocado.

Mas a coisa faz sentido se pensarmos bem. O preço final de qualquer produto reflete sempre uma série de fatores: a investigação, os custos de manutenção da empresa, a distribuição, os investimentos, custos de produção, etc.

Os custos de produção são iguais para todas estas baterias que são feitas com as mesmas madeiras. A investigação para marcas como a Fame e Millenium é zero. Os custos da empresa são baixíssimos. A distribuição não tem custos, pois é feita pela Music Store e Thomman respetivamente.

Claro que no final, o que a Pearl e a Sonor fazem com 1500€, estas empresas fazem com 600. E digo mais: um casco de 16x16 em Maple de seis camadas e com 7mm de espessura custa numa indústria de fabrico de cascos uns 40€. Depois são vendidos a 150€.

O que a Fame e a Thomman pagam pelas madeiras é o mesmo que as outras pagam. A grande diferença é que estas empresas depois não têm grandes custos para além disto, enquanto as outras têm. Até parece-me que o hardware que usam custa mais que os cascos em si. O lacrado, os triple flanged e die-cast e os logs sem contato com a madeira (mais suportes para timbalões e bombos sem furos).


E finalmente, vi uma FBP há uns meses que me deixou babado. A bateria tem mesmo um som lindo. O gajo soube quitá-la mesmo bem. Metia a Birch Custom a um canto. E aqui entre nós, eu considero as Yamaha as melhores baterias que existem, pelo simples facto de tudo nelas ser controlado pela empresa mãe, desde os cascos às ferragens. Se é Yamaha, é bom. Ponto final. É assim com as baterias, com os baixos, com os PAs, com as motos, com os motores e com tudo o raio que eles fazem.

Os nipónicos são bons a fazer três coisas: porno, anime e equipamentos tecnológicos especializados.

Última edição de Loseless : Ter, 15 de Janeiro de 2013 às 15:28.
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