ResoAir - Cascos de bateria acústica com "bolsas" de ar por dentro dos cascos?

[Madeira]

[aqui]

Pessoal, a ideia parece a ser mesmo muito original, mas será que isto dará em algo que realmente funciona e se destaca sobre os cascos 'tradicionais' ou é só operação de marketing?

[Simao Pedro Sa]

Que coisa estranha, mas até pode ser que resulte... Já há no mercado alguma coisa do género?

Gostava de ouvir o som que isso dá...

[Spectrum]

Pelo menos uma coisa é quase certa: o casco é muito menos resistente a toques e quedas (pelo menos naquelas zonas ocas)

[Simao Pedro Sa]

Mensagem Original de Spectrum

Pelo menos uma coisa é quase certa: o casco é muito menos resistente a toques e quedas (pelo menos naquelas zonas ocas)

Não é, é quase a mesma coisa, visto que o casco na parte de cima, em baixo e no meio é inteiriço, as bolsas de ar estão divididad e são independentes uma a outra, e penso que não comprometem a qualidade do material...

[Amaro Machado]

devem ter um som mais seco, e talvez com menos projecção, pela bolsa de ar.
o som não se propaga de igual forma nos diferentes estados físicos (gasoso, sólido e líquido). em estado gasoso, o som propaga-se mais lentamente que no estado sólido, há então hipótese do som do casco ser mais seco, e ter menos projecção do que um casco inteiriço, que é consequência dessa mesma "fusão" entre estes dois estados físicos diferentes no casco.
funciona como uma caixa de ar usada para insonorizar estúdios etc, mas uma escala muito mais pequena óbvio.

é a minha conclusão desta novidade

Abraço

[João Almeida]

Pelo que estive a ler, as câmaras de ar servem sim para "enriquecer" o som que a madeira proporciona, e pensando bem no assunto, até é provável que daqueles cascos saia um som "redondinho". Falando da ressonância, acho que esta não vai perder nada com estas shells, penso até que vá ganhar, mas não vou divagar porque não sou nem físico nem engenheiro acústico
Fiquei curioso, vamos ver o que sai daqui, só acho estranho que ainda ninguém desse mundo da produção de baterias se tivesse lembrado disto. E é estranho o facto da super nova ter pedido patente sobre estas shells e o pedido ainda estar "pendente" (foi o que li pelo menos). A ver vamos...
Obrigado pela partilha Madeira!

Abraços

[sadrums]

Mensagem Original de Amaro Machado

devem ter um som mais seco, e talvez com menos projecção, pela bolsa de ar.
o som não se propaga de igual forma nos diferentes estados físicos (gasoso, sólido e líquido). em estado gasoso, o som propaga-se mais lentamente que no estado sólido, há então hipótese do som do casco ser mais seco, e ter menos projecção do que um casco inteiriço, que é consequência dessa mesma "fusão" entre estes dois estados físicos diferentes no casco.
funciona como uma caixa de ar usada para insonorizar estúdios etc, mas uma escala muito mais pequena óbvio.

é a minha conclusão desta novidade

Abraço

também vou por aí!

[João Isaac]

A unica coisa que consigo notar, é que estes cascos só podem ser feitos com várias plys, com poucas o resultado não deve ser muito diferente do tradicional

Abraço

[enes]

por falta de ideias e com a crise mundial.... até na madeira ja poupam....lol

porra... eu ja estive em Luanda.... tambem em Moçambique e vi por la instrumentos feitos com dois paus que se um diretor de uma Braddy ou uma DW visse compravam logo o esquema, visto que nem patente existe...

um som do caraças !

uns tempos para tras falavam nas full shells , uma madeira só, entretanto falou-se em 8 plys...umas shells que de madeira nao tem nada.... agora vem com bolsas de ar ???

os pratos eram com ligas nao sei quantas... agora talvez sejam feitos de chapa de carros derretidos e reciclados... a ver vamos

as peles eram peles, agora sao plastico... amanha serao papel reciclado e isso vai ter um som !!!

é como o yogurte... com pedaços, sem pedaços, com açucar , sem açucar... COM LEITE, SEM LEITE...

modernices...

[Mario Esteves]

Mensagem Original de enes

por falta de ideias e com a crise mundial.... até na madeira ja poupam....lol

porra... eu ja estive em Luanda.... tambem em Moçambique e vi por la instrumentos feitos com dois paus que se um diretor de uma Braddy ou uma DW visse compravam logo o esquema, visto que nem patente existe...

um som do caraças !

uns tempos para tras falavam nas full shells , uma madeira só, entretanto falou-se em 8 plys...umas shells que de madeira nao tem nada.... agora vem com bolsas de ar ???

os pratos eram com ligas nao sei quantas... agora talvez sejam feitos de chapa de carros derretidos e reciclados... a ver vamos

as peles eram peles, agora sao plastico... amanha serao papel reciclado e isso vai ter um som !!!

é como o yogurte... com pedaços, sem pedaços, com açucar , sem açucar... COM LEITE, SEM LEITE...

modernices...

Já não será interessa reciclar chapas de carros pois os carros agora são feitos de plástico altamente resistente...O mesmo irá acontecer com vários instrumentos musicais onde os polímeros serão reis!

"Peles" de papel/cartão prensado serão o futuro (experimenta, como ponto de partida, tocar numa caixa de pizza - aqui o som varia consoante o número de fatias que ainda estiverem dentro da caixa...)

E tu ainda não viste/ouviste as Shells que entre as plyes tem bolsas de...água!

Solid Shells e SteamBent Shells serão coisas do passado, e Stave Shells serão consideradas como pertencentes à pré-história!

Os cascos em polímeros altamente avançados soarão divinalmente - o mundo da Formula 1 irá dar um contributo fundamental neste sentido, não só ao nível da resistência dos materias, mas também em questões de aerodinâmica, onde, para o caso específico das baterias só interessará a "dinâmica" - a parte do "aero" será para os instumentos de sopro!!!

As baquetas serão feitas de uma mistura de Fibra de Carbono e Kevlar com interior em ninho de abelha. Colarão às mãos como Loctite e o executante só pelo facto de as utilizar, aumentará a rapidez dos blast beats em mais de 50%!!!

[enes]

Mensagem Original de Mario Esteves

Já não será interessa reciclar chapas de carros pois os carros agora são feitos de plástico altamente resistente...O mesmo irá acontecer com vários instrumentos musicais onde os polímeros serão reis!

"Peles" de papel/cartão prensado serão o futuro (experimenta, como ponto de partida, tocar numa caixa de pizza - aqui o som varia consoante o número de fatias que ainda estiverem dentro da caixa...)

E tu ainda não viste/ouviste as Shells que entre as plyes tem bolsas de...água!

Solid Shells e SteamBent Shells serão coisas do passado, e Stave Shells serão consideradas como pertencentes à pré-história!

Os cascos em polímeros altamente avançados soarão divinalmente - o mundo da Formula 1 irá dar um contributo fundamental neste sentido, não só ao nível da resistência dos materias, mas também em questões de aerodinâmica, onde, para o caso específico das baterias só interessará a "dinâmica" - a parte do "aero" será para os instumentos de sopro!!!

As baquetas serão feitas de uma mistura de Fibra de Carbono e Kevlar com interior em ninho de abelha. Colarão às mãos como Loctite e o executante só pelo facto de as utilizar, aumentará a rapidez dos blast beats em mais de 50%!!!

NOSTRADAMUS !!!

[Mario Esteves]

Mensagem Original de enes

NOSTRADAMUS !!!

LOL!!!!

[Madeira]

Sem dúvida alguma! É a experimentar que se chegam a grandes conclusões (mesmo que estas ideias temporariamente possam parecer esdrúxulas como tudo...)

Mas estou mesmo curioso para ouvir isto...


enes: As tuas conclusões levaram-me a chegar a esta: já te deste conta que, no mundo da bateria, ficamos todos contentes mesmo quando designamos alguns dos 'nossos' sons como "lixo" (trash), etc...?

[Nelson Carreira]

Pela minha experiência nos cascos de bateria, têm-se:

- Casco mais fino: tem menos massa, e como tal, entra mais facilmente em vibração por acção da energia cinética transmitida pela pele. Como tal, nas mesmas condições, um casco mais fino vibra mais, contribuindo mais para a tonalidade do som produzido. Em contrapartida, como mais energia transita directamente da pele para o casco, menos transita para a coluna de ar, e consequentemente o som projecta menos, é menos focado e tem tendencialmente menos volume.

- Casco mais grosso: tem o efeito contrário. O casco vibra menos, e o som é mais focado, projecta melhor, e tende a ter mais volume.

O problema vem então nos aspectos construtivos. É possível construir os cascos praticamente tão grossos quanto se queira (vejam as tarolas da série Reference da Pearl, ou as keller de 50 ply), de modo a potenciar a projecção e o volume, quando tal se deseja. A única contrapartida é que quanto maior for a espessura do casco, menor é a secção interna da shell, subindo o tom do casco, para o mesmo diâmetro exterior.

No entanto, no sentido oposto, as limitações são muito maiores. Diminuindo a espessura da shell, esta fica muito mais susceptível a danos por acção mecânica. Em parte, a integridade estrutural da shell pode ser reforçada com os aneis de reforço, que aumenta a resistência nas zonas mais sujeitas a forças, que são os edges. No entanto, essa maior resistência acaba por anular parte do efeito da shell fina, porque os reforços aumentam a massa do casco, e criam um entrave à propagação de energia da pele para o casco. Além disso, se o casco for muito fino, continuará sensível a impacto e outras trações mecânicas na área entre os reforços, motivo que limita sempre a espessura mínima da shell independentemente da espessura dos anéis de reforço.

Isto tudo para concluir: no global, isso parece-me mais uma acção de marketing do que outra coisa. A configuração apresentada parece-me ser muito frágil na zonas entre esses anéis de reforço internos, e os anéis de reforço parecem-me muito espessos para permitir ao casco ter um acréscimo significativo de ressonância.

E suma, posso estar enganado, porque o efeito combinado até pode resultar, mas sou muito céptico em relação às afirmações do construtor. Espero para ouvir e formar uma opinião final.