Apresentação... :0

**SeeD** · Ter, 26 de Fevereiro de 2013

Apresentação.....? Eek!

Boas, bom povo.

Eu sou o Eduardo Baltazar, sou de Braga, e acontece que estudo Arquitectura no Porto desde 2006.
Daí a palavra "Apresentação" me causar um bocado de indisposição... Se têm algum amigo ou conhecem alguém que estude/tenha estudado Arquitectura devem compreender o porquê disto ;>

Estou com 27 anos e toco bateria desde os 17... Uau, 10 anos, foi rápido :0 Tanto para aprender.. Felizmente.
A motivação para me registar no Fórum advém desse compromisso para a vida que é para com o nosso instrumento :> A minha expectativa e vontade é em crescer e sair mais elucidado com a informação que pr'aqui circula e a cada conversação que se manifeste.

Nos meus anos de adolescência em Braga, antes de mudar de ares cá para o Porto, desenvolvi uns projectos com amigos mas nada que se concretizasse. Além do mais só consegui comprar bateria para praticar algum tempo depois de ter aulas de bateria. E vocês sabem que a nossa cena é sentarmo-nos, rodeados de cascos e aprender a respirar com o instrumento

Quando ingressei no ensino superior houve um corte na presença da música na minha vida, quase ao ponto de se extinguir. 1º ano é ****. Mas o bicho que não desaparece mesmo quando não se está lá foi óptimo para provar que a música é uma parte da minha vida sem a qual não consigo viver. Posso dizer com um orgulho perverso que a música é o meu escape favorito ;>
Quem é do Porto conhece o Centro Comercial Stop de certeza (e quem não é do Porto deve ter, pelo menos, ouvido falar).
No meu 2º ano de faculdade fiz um grande amigo com a ajuda do qual me integrei na comunidade Stop. Criamos música juntos e desde então que lá tenho uma sala de ensaio, onde presentemente estou com 3 projectos em mãos (e pés :0 (e cabeça :00)).

E não se pode falar de bateria e motivações de vida sem se falar em Música e o que caracteriza esta para nós.
Considero-me musicalmente eclético. Aprecio de tudo, mesmo o que não gosto. Mas o que gosto mesmo é de música que reuna um sentimento de Energia, Boa Disposição, Força, Liberdade mas Seriedade na abordagem artística que é a expressão musical. No espírito do Rock tenho muitas mais probabilidades de encontrar isto.
Também dou especial importância ao espírito Pop. Sempre! Os Pop-hooks, o Easy-listening e os ear-bugs são aqueles feitos deliciosos que, aliados a riqueza musical, só alguns alcançam. Para atingir a simplicidade que é compreensiva a uma audiência global é preciso andamento para conseguir atingir uma grande complexidade e unhas para depois a afincar e reduzir ao essencial.

Apesar de tocar unica e exclusivamente bateria, os artistas que mais me dizem respeito são geralmente multi-facetados: escrevem, tocam guitarra e cantam, produzem, misturam; têm controlo sobre a sua visão pessoal.
Como referências de AMOR tenho Bumblefoot, Devin Townsend, The Wildhearts, Spock's Beard, Kevin Gilbert, Foo Fighters, Annihilator, e mais uns poucos.

Bom, enough talkin' and more hittin' on 'em topics! ;D Até já.

**Sixxen** · Ter, 26 de Fevereiro de 2013

Citação:

Mensagem Original de SeeD

Daí a palavra "Apresentação" me causar um bocado de indisposição... Se têm algum amigo ou conhecem alguém que estude/tenha estudado Arquitectura devem compreender o porquê disto ;>

Não sei mas fiquei curioso

Bem-vindo à família BPT!

Abraço e desfruta

Ps. Excelente "apresentação"!

**SeeD** · Qua, 27 de Fevereiro de 2013

Thnx, Sixxen!

A resposta à tua curiosidade é simples.

Para aqueles que estudam ou já estudaram Arquitectura há uma grande probabilidade em "Apresentação" ser equivalente a "Tempo indefinido sem tocar o colchão". xD

Sinceramente já cansei de me queixar da directas! Ainda não adquiri disciplina total para concretizar as entregas com todos os elementos presentes e a tempo e horas mas já relativizo bastante as coisas. Muitos anos de vida tirados para apresentar um dossier de papéis que são interpretados durante 10 minutos max. por professores que... Well, you know what I'm trying to say ;P Há coisas que mecerem mais este nosso tipo de energia vital.

Enfim, o curso é duro mas a prática da Arquitectura é proporcionalmente fantástica.
Já chega, tho'. Bolonha estourou com isto tudo e o curso parece andar às voltas quando ainda se vai a meio do percurso escolar. 5 anos, nestas condições, são redundantes. E igualmente redundantes para o nosso lombo, cérebro, olhos, nervos, pulsos e integridade física (cortar maquetas finais com 2/3 dias em cima sem dormir pode provar-se perigoso (passados 5 anos ainda tenho um golpe na ponta do polegar direito cujo lanho volta a abrir quando aumento a frequência de ensaios ou quando o inverno fica mais cerrado.... Incrível como nunca chegou a sarar)).

As noites de trabalho pré-apresentações representam porém dos melhores momentos desta fase da minha vida. Melhor que algumas fights Texas fora com os colegas de curso. Quando um gajo se priva de sono durante muito tempo e continua a executar acções demanding como as que temos de executar a nossa alma entra numa espécie de abstract mode e tudo fica muito marado. E a cena que sabe melhor após apresentar o trabalho é - sem dúvida - TOCAR :D A música sai praticamente sem passar nos filtros da nossa cabeça; sem pensar. Tive dos ensaios mais produtivos nestas condições... I learned something from this ;> Playing "naturally-drunk" é melhor que playing "just-drunk" xD

**Sixxen** · Qua, 27 de Fevereiro de 2013

Citação:

Mensagem Original de SeeD

Thnx, Sixxen!

A resposta à tua curiosidade é simples.

Para aqueles que estudam ou já estudaram Arquitectura há uma grande probabilidade em "Apresentação" ser equivalente a "Tempo indefinido sem tocar o colchão". xD

Sinceramente já cansei de me queixar da directas! Ainda não adquiri disciplina total para concretizar as entregas com todos os elementos presentes e a tempo e horas mas já relativizo bastante as coisas. Muitos anos de vida tirados para apresentar um dossier de papéis que são interpretados durante 10 minutos max. por professores que... Well, you know what I'm trying to say ;P Há coisas que mecerem mais este nosso tipo de energia vital.

Enfim, o curso é duro mas a prática da Arquitectura é proporcionalmente fantástica.
Já chega, tho'. Bolonha estourou com isto tudo e o curso parece andar às voltas quando ainda se vai a meio do percurso escolar. 5 anos, nestas condições, são redundantes. E igualmente redundantes para o nosso lombo, cérebro, olhos, nervos, pulsos e integridade física (cortar maquetas finais com 2/3 dias em cima sem dormir pode provar-se perigoso (passados 5 anos ainda tenho um golpe na ponta do polegar direito cujo lanho volta a abrir quando aumento a frequência de ensaios ou quando o inverno fica mais cerrado.... Incrível como nunca chegou a sarar)).

As noites de trabalho pré-apresentações representam porém dos melhores momentos desta fase da minha vida. Melhor que algumas fights Texas fora com os colegas de curso. Quando um gajo se priva de sono durante muito tempo e continua a executar acções demanding como as que temos de executar a nossa alma entra numa espécie de abstract mode e tudo fica muito marado. E a cena que sabe melhor após apresentar o trabalho é - sem dúvida - TOCAR :D A música sai praticamente sem passar nos filtros da nossa cabeça; sem pensar. Tive dos ensaios mais produtivos nestas condições... I learned something from this ;> Playing "naturally-drunk" é melhor que playing "just-drunk" xD

Melhor esclarecido não podia ficar!

E quando dizes "o curso é duro mas a prática da Arquitectura é proporcionalmente fantástica.", é de se lhe tirar o chapéu. Mostra que ainda existem pessoas que se dedicam a algo que realmente gostam, ultrapassando todos os obstáculos.
Mas bem, que gastes as tuas energias de forma altamente positiva

E sim, também posso dizer que sofri com o tratado de bolonha, quando nós os alunos passámos a ter 5 frequências numa semana, e aulas até ás 21:00...

Fora isso era um excelente curso, com excelente companheirismo (Produção Musical e Composição na Esart de Castelo Branco). Aliás, chegaram-se a fazer directas no estúdio da escola, e o pessoal levava sacos-cama, isto tudo por gosto às mesas de som e instrumentos!

**SeeD** · Sex, 8 de Março de 2013

Em Arquitectura os horários antes e depois de Bolonha mantiveram-se iguais... O problema é esse. Não houve alterações! Há demasiada carga horária mal distribuída por um programa de estudos que não sofreu transformações. Ya... Trocaram as disciplinas de anuais para semestrais, que acabou por ser mais prejudicial pois incute pressa para despachar trabalhos e cadeiras em vez de ver o curso e os trabalhos numa perspectiva longa (necessária na área), e na grid o sistema continua a funcionar de forma igual (avalia-se como se apetece, semestral ou pseudo-anual, pois as disciplinas continuam iguais apesar de se trocar de semestre...).

Falo claro das faculdades que frequentei. Nesta última, porém, tudo se encontra em fase de transição, aparentemente para melhor, para algo melhor do que uma integração em Bolonha - uma reestruturação do curso com sentido e sensibilidade aos tempos.

Interessante é que aparentemente Bolonha não permite mais do que três frequências por semana (espaço de tempo entre frequências) mas as cenas acontecem e pronto.

Directas com música aguentam-se sempre :DD
Sempre me pareceu altamente estudar música.
Consoante os meus objectivos e o panorama assim que entrar no ordem dos arquitectos considero uma possível extensão dos meus estudos.

Que tal foi isso em Castelo Branco?

Ter, 26 de Fevereiro de 2013	#1
SeeD Avaliação dos Negócios: 0 (0%) Membro desde: 26-Fev-2013 Local: Porto Mensagens: 40	Apresentação... :0 Apresentação.....? Eek! Boas, bom povo. Eu sou o Eduardo Baltazar, sou de Braga, e acontece que estudo Arquitectura no Porto desde 2006. Daí a palavra "Apresentação" me causar um bocado de indisposição... Se têm algum amigo ou conhecem alguém que estude/tenha estudado Arquitectura devem compreender o porquê disto ;> Estou com 27 anos e toco bateria desde os 17... Uau, 10 anos, foi rápido :0 Tanto para aprender.. Felizmente. A motivação para me registar no Fórum advém desse compromisso para a vida que é para com o nosso instrumento :> A minha expectativa e vontade é em crescer e sair mais elucidado com a informação que pr'aqui circula e a cada conversação que se manifeste. Nos meus anos de adolescência em Braga, antes de mudar de ares cá para o Porto, desenvolvi uns projectos com amigos mas nada que se concretizasse. Além do mais só consegui comprar bateria para praticar algum tempo depois de ter aulas de bateria. E vocês sabem que a nossa cena é sentarmo-nos, rodeados de cascos e aprender a respirar com o instrumento Quando ingressei no ensino superior houve um corte na presença da música na minha vida, quase ao ponto de se extinguir. 1º ano é ***. Mas o bicho que não desaparece mesmo quando não se está lá foi óptimo para provar que a música é uma parte da minha vida sem a qual não consigo viver. Posso dizer com um orgulho perverso que a música é o meu escape favorito ;> Quem é do Porto conhece o Centro Comercial Stop* de certeza (e quem não é do Porto deve ter, pelo menos, ouvido falar). No meu 2º ano de faculdade fiz um grande amigo com a ajuda do qual me integrei na comunidade Stop. Criamos música juntos e desde então que lá tenho uma sala de ensaio, onde presentemente estou com 3 projectos em mãos (e pés :0 (e cabeça :00)). E não se pode falar de bateria e motivações de vida sem se falar em Música e o que caracteriza esta para nós. Considero-me musicalmente eclético. Aprecio de tudo, mesmo o que não gosto. Mas o que gosto mesmo é de música que reuna um sentimento de Energia, Boa Disposição, Força, Liberdade mas Seriedade na abordagem artística que é a expressão musical. No espírito do Rock tenho muitas mais probabilidades de encontrar isto. Também dou especial importância ao espírito Pop. Sempre! Os Pop-hooks, o Easy-listening e os ear-bugs são aqueles feitos deliciosos que, aliados a riqueza musical, só alguns alcançam. Para atingir a simplicidade que é compreensiva a uma audiência global é preciso andamento para conseguir atingir uma grande complexidade e unhas para depois a afincar e reduzir ao essencial. Apesar de tocar unica e exclusivamente bateria, os artistas que mais me dizem respeito são geralmente multi-facetados: escrevem, tocam guitarra e cantam, produzem, misturam; têm controlo sobre a sua visão pessoal. Como referências de AMOR tenho Bumblefoot, Devin Townsend, The Wildhearts, Spock's Beard, Kevin Gilbert, Foo Fighters, Annihilator, e mais uns poucos. Bom, enough talkin' and more hittin' on 'em topics! ;D Até já.

Qua, 27 de Fevereiro de 2013	#3
SeeD Avaliação dos Negócios: 0 (0%) Membro desde: 26-Fev-2013 Local: Porto Mensagens: 40	Re: Apresentação... :0 Thnx, Sixxen! A resposta à tua curiosidade é simples. Para aqueles que estudam ou já estudaram Arquitectura há uma grande probabilidade em "Apresentação" ser equivalente a "Tempo indefinido sem tocar o colchão". xD Sinceramente já cansei de me queixar da directas! Ainda não adquiri disciplina total para concretizar as entregas com todos os elementos presentes e a tempo e horas mas já relativizo bastante as coisas. Muitos anos de vida tirados para apresentar um dossier de papéis que são interpretados durante 10 minutos max. por professores que... Well, you know what I'm trying to say ;P Há coisas que mecerem mais este nosso tipo de energia vital. Enfim, o curso é duro mas a prática da Arquitectura é proporcionalmente fantástica. Já chega, tho'. Bolonha estourou com isto tudo e o curso parece andar às voltas quando ainda se vai a meio do percurso escolar. 5 anos, nestas condições, são redundantes. E igualmente redundantes para o nosso lombo, cérebro, olhos, nervos, pulsos e integridade física (cortar maquetas finais com 2/3 dias em cima sem dormir pode provar-se perigoso (passados 5 anos ainda tenho um golpe na ponta do polegar direito cujo lanho volta a abrir quando aumento a frequência de ensaios ou quando o inverno fica mais cerrado.... Incrível como nunca chegou a sarar)). As noites de trabalho pré-apresentações representam porém dos melhores momentos desta fase da minha vida. Melhor que algumas fights Texas fora com os colegas de curso. Quando um gajo se priva de sono durante muito tempo e continua a executar acções demanding como as que temos de executar a nossa alma entra numa espécie de abstract mode e tudo fica muito marado. E a cena que sabe melhor após apresentar o trabalho é - sem dúvida - TOCAR :D A música sai praticamente sem passar nos filtros da nossa cabeça; sem pensar. Tive dos ensaios mais produtivos nestas condições... I learned something from this ;> Playing "naturally-drunk" é melhor que playing "just-drunk" xD

Sex, 8 de Março de 2013	#5
SeeD Avaliação dos Negócios: 0 (0%) Membro desde: 26-Fev-2013 Local: Porto Mensagens: 40	Re: Apresentação... :0 Em Arquitectura os horários antes e depois de Bolonha mantiveram-se iguais... O problema é esse. Não houve alterações! Há demasiada carga horária mal distribuída por um programa de estudos que não sofreu transformações. Ya... Trocaram as disciplinas de anuais para semestrais, que acabou por ser mais prejudicial pois incute pressa para despachar trabalhos e cadeiras em vez de ver o curso e os trabalhos numa perspectiva longa (necessária na área), e na grid o sistema continua a funcionar de forma igual (avalia-se como se apetece, semestral ou pseudo-anual, pois as disciplinas continuam iguais apesar de se trocar de semestre...). Falo claro das faculdades que frequentei. Nesta última, porém, tudo se encontra em fase de transição, aparentemente para melhor, para algo melhor do que uma integração em Bolonha - uma reestruturação do curso com sentido e sensibilidade aos tempos. Interessante é que aparentemente Bolonha não permite mais do que três frequências por semana (espaço de tempo entre frequências) mas as cenas acontecem e pronto. Directas com música aguentam-se sempre :DD Sempre me pareceu altamente estudar música. Consoante os meus objectivos e o panorama assim que entrar no ordem dos arquitectos considero uma possível extensão dos meus estudos. Que tal foi isso em Castelo Branco?