Dúvida - Afinação dos timbalões. Coloquei pele batente mais solta que resposta. Que dizem?

[np_gorminus]

Boas,

Tenho visto muitos vídeos sobre a afinação dos timbalões, incluindo do Bob Gatzen e Dave Weckl, e normalmente eles dizem que deve-se afinar as duas peles com a mesma tensão. Ora eu experimentei isso na minha bateria e digamos que o som não foi do meu agrado, estava cheio de harmónicos e o som não tinha power nem definição nenhuma, pronto uma grande porcaria.

Eu agora experimentei afinar a pele de batente bastante solta, e a de resposta bastante apertada, e ficou um som mesmo fixe, com pouco sustain, mas com pujança e power, e as pancadas são bem definidas. Ainda tem um pouco de harmónicos mas não se notam muito.

Quero agora perguntar o que acham deste meu método de afinação, se é bom, se é mau, se prejudica a pele, se também usam, etc.

Cumps

[Grolubao]

Desde que o som te agrade é o q interessa, agora perceberes o q é um bom som e as possibilidades que podes tirar do teu kit é algo que só perdendo mto tempo com a afinação, e diferentes peles

[Tom Sawyer]

Eu utilizo sempre a pele de resposta mais apertada, e a de ataque bastante solta, exactamente como descreveste. Desde que agrade, vale tudo!

[J.Gonçalves]

Penso que o principal problema disso será mesmo o ressalto... eu tb comecei por afina-las assim, so que quando fazia um ritmo usando o timbalao de chao em x dos choques por exemplo forçava muito mais o braço pq nao tinha ressalto...

[Hugo Correia]

Eu tenho ao contrario. Tenho a pele de resposta mais larga que a de ataque. Nao muito. Assim tenho mais sustain.
Para mim a pele de ataque dá o "tone" e a de resposta o sustain.

[Batecas]

Acima de tudo, a afinação é de facto uma questão de gosto e de adaptação ao que se pretende tocar. Nisso não somos diferentes de um guitarrista que toca diferentes músicas em diferentes afinações, à procura de um som diferente.

Mas acho que há uma coisa que por vezes é esquecida: o tambor foi feito para soar e ter ressonância. É isso que lhe dá característica e que permite que ele tenha projecção. Isto é um facto físico. É por isto que quando passa a fanfarra no meio da rua nós conseguimos sentir o grave dos bombos. (E eles nem precisam de um bombo DW 22x20" xpto trocópasso )

Agora opinião pessoal. Não gosto de um tambor morto, acho que não tem qualquer tipo de tom e que no meio da mistura não soa a nada. Pode parecer que sim do ponto de vista de quem toca, mas basta irmos para a frente da bateria para rapidamente perceber que tudo está a soar a cartão.

Há ainda outra grande questão que é tocar acustico vs tocar micado. O que serve para um não serve/pode não servir para outro. Se bem me lembro, o próprio Weckl menciona isso no vídeo dele. Quando vi esse vídeo achei interessante o facto de ele fazer a mesma coisa que eu já fazia (ou vice-versa, isso é discutivel hahahah), que era usar peles clear 2 camadas quando tocava micado e coated 1 camada quando tocava acustico. E claro que quando se toca micado temos de trabalhar para ter um som mais fechado, mais apropriado para o microfone. Sim claro podemos usar noise gates, compressores, etc, mas é sempre melhor trabalhar na fonte - o tambor. Já para tocar acústico, o tambor deve soar, deve ter ressonância. É essa a diferença entre uma bateria desmicada soar a uma bateria ou soar a... qualquer outra coisa!

Resumindo, cada situação exige uma abordagem diferente e é por isso que experimentar e praticar muito é o segredo. Apenas assim conseguimos retirar resultados práticos. Foi o que fez o np_gorminus e fez muito bem! Ao menos agora chegou a conclusões DELE e sabe o que pode fazer para obter diferentes sons para diferentes situações. Se se gosta do mesmo som ou não é completamente discutível pois, volto a dizer, refere-se apenas ao gosto pessoal de cada um.

[Jorge Cardoso]

Mensagem Original de Batecas

Acima de tudo, a afinação é de facto uma questão de gosto e de adaptação ao que se pretende tocar. Nisso não somos diferentes de um guitarrista que toca diferentes músicas em diferentes afinações, à procura de um som diferente.

Mas acho que há uma coisa que por vezes é esquecida: o tambor foi feito para soar e ter ressonância. É isso que lhe dá característica e que permite que ele tenha projecção. Isto é um facto físico. É por isto que quando passa a fanfarra no meio da rua nós conseguimos sentir o grave dos bombos. (E eles nem precisam de um bombo DW 22x20" xpto trocópasso )

Agora opinião pessoal. Não gosto de um tambor morto, acho que não tem qualquer tipo de tom e que no meio da mistura não soa a nada. Pode parecer que sim do ponto de vista de quem toca, mas basta irmos para a frente da bateria para rapidamente perceber que tudo está a soar a cartão.

Há ainda outra grande questão que é tocar acustico vs tocar micado. O que serve para um não serve/pode não servir para outro. Se bem me lembro, o próprio Weckl menciona isso no vídeo dele. Quando vi esse vídeo achei interessante o facto de ele fazer a mesma coisa que eu já fazia (ou vice-versa, isso é discutivel hahahah), que era usar peles clear 2 camadas quando tocava micado e coated 1 camada quando tocava acustico. E claro que quando se toca micado temos de trabalhar para ter um som mais fechado, mais apropriado para o microfone. Sim claro podemos usar noise gates, compressores, etc, mas é sempre melhor trabalhar na fonte - o tambor. Já para tocar acústico, o tambor deve soar, deve ter ressonância. É essa a diferença entre uma bateria desmicada soar a uma bateria ou soar a... qualquer outra coisa!

Resumindo, cada situação exige uma abordagem diferente e é por isso que experimentar e praticar muito é o segredo. Apenas assim conseguimos retirar resultados práticos. Foi o que fez o np_gorminus e fez muito bem! Ao menos agora chegou a conclusões DELE e sabe o que pode fazer para obter diferentes sons para diferentes situações. Se se gosta do mesmo som ou não é completamente discutível pois, volto a dizer, refere-se apenas ao gosto pessoal de cada um.

Subscrevo completamente